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Capital

Depois de reportagem, consumidor da Capital encontra açúcar misturado com metal

Vinícius Squinelo | 22/07/2011 14:25

Em grandes quantidades, metal pode ser nocivo à saúde

Partículas pretas são metal misturado ao açucar.
Partículas pretas são metal misturado ao açucar.

Lúcio Marcos Rocha, de 42 anos, assistia um programa de TV na manhã de hoje quando, após uma reportagem sobre a mistura de açúcar com partículas de metal, resolveu fazer o teste.

Com uso de um imã, Lúcio atraiu pequenas quantidades de metal no pacote de açúcar que havia acabado de comprar. Em grandes quantidades, o metal pode ser nocivo à saúde.

O teste foi simples. Com um imã e um pedaço de papel, Lúcio demonstrou a existência de várias partículas, do tamanho de pingos de caneta, por todo o açúcar.

O metal gruda no imã e o metal pode ser visto a olho nu através do papel de cor clara.

“Vi a reportagem logo cedo e fiquei curioso. Resolvi fazer o teste e constatei isso, agora fiquei receoso”, afirmou o funcionário público. Lúcio ainda comentou que não pretende mais consumir açúcar da mesma marca, a Cristal, comprando em Campo Grande.

A reportagem em questão falava sobre um caso, semelhante ao passado por Lúcio hoje, de partículas de ferro encontradas em pacotes de açúcar, nas cidades mineiras de Divinópolis e Juiz de Fora.

Uma análise da Fundação Ezequiel Dias confirmou a presença de partículas de ferro em um dos pacotes de açúcar encontrado em Juiz de Fora. Já em Divinópolis, o Ministério Público instaurou investigação para apurar o caso.

Saúde - O gastroenterologista Jesus Cunha Garcia, presidente regional da federação da especialidade em Mato Grosso do Sul, alerta que, em grandes quantidades, o metal pode causar problemas graves.

“O metal é essencial para a vida, precisamos dele. Porém, em quantidades elevadas pode causar problemas no fígado, impregnação hepática ou intoxicação das hemácias”, afirmou Garcia, ressaltando que o metal não é tão nocivo se comparado ao mercúrio ou enxofre.

O gastroenterologista ainda afirma que o caso deve ser estudado cientificamente, principalmente pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Em Minas, a justiça já determinou, no dia 8 de julho, a suspensão da venda do produto onde o problema foi detectado.

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