Após quatro dias, homem que matou esposa com canivete recebe alta
Leonir Gugel tentou tirar a própria vida depois matar a empresária Ângela Nayhara Guimarães
Quatro dias após tentar tirar a própria vida, o empresário Leonir Gurgel recebeu alta médica. O homem de 59 anos esfaqueou o pescoço após matar a esposa Ângela Nayhara Guimarães Gugel. O crime aconteceu na manhã da segunda-feira (8), na casa da mãe da vítima, localizada no Bairro Taveirópolis, em Campo Grande.
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O empresário Leonir Gurgel, de 59 anos, recebeu alta médica após quatro dias internado na Santa Casa de Campo Grande. Ele havia tentado suicídio depois de matar a esposa, Ângela Nayhara Guimarães Gugel, na casa da mãe dela, no Bairro Taveirópolis. O crime ocorreu após uma discussão em que Ângela pediu divórcio. Leonir foi à casa da sogra para tentar reconciliação, mas acabou atacando a esposa com um canivete e uma faca de cozinha. Este é o 38º feminicídio em Mato Grosso do Sul em 2023, tornando-se o terceiro pior ano desde a criação da Lei do Feminicídio.
Leonir, apesar de estar em atendimento médico, teve a prisão preventiva decretada no dia seguinte ao feminicídio. O homem passou quatro dias na Santa Casa e na manhã de sexta-feira (12), recebeu a alta médica. O caso é investigado em sigilo, mas conforme apurou o Campo Grande News, por estar internado, o empresário não foi ouvido na custódia.
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Vítima do 38º feminicídio de Mato Grosso do Sul, em 2025, Ângela foi morta após uma discussão levá-la a pedir o divórcio. Na noite do domingo (7), o casal estava em um culto e, depois da briga, a mulher decidiu ir para a casa da mãe. Leonir, na manhã seguinte, foi procurá-la para tentar uma reconciliação.
Registro policial – Segundo o boletim de ocorrência, o homem chegou à residência da sogra, “calmo e tranquilo”, à procura de Ângela para tentar uma reconciliação. Ele então seguiu para a casa nos fundos do terreno onde a mulher estava e, em alguns minutos, o cenário se transformou com os “ânimos exaltados”.
Por conta do barulho, a mãe da vítima decidiu ir ver o que estava acontecendo. Ao chegar à casa, ela se deparou com Ângela já caída, sendo golpeada por Leonir. A mulher chamou a neta e as duas arremessaram telhas na tentativa de conter o autor. O homem jogou os objetos de volta e atingiu a sogra e a filha.
Desesperadas, elas correram para a rua para pedir ajuda e, neste momento, Leonir começou a se ferir com o canivete usado para golpear a esposa. A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar ao local, encontrou Ângela caída, inconsciente e perdendo muito sangue. A equipe chamou o Corpo de Bombeiros, que tentou reanimar a vítima por alguns minutos, até que o óbito foi constatado.
Leonir estava ao lado da mulher, também ferido, e foi atendido por equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). O homem estava com uma faca nas mãos, desorientado e com a marca de facada no pescoço. Ele foi encaminhado para a Santa Casa, onde está sob escolta. A mãe e a filha da vítima foram encaminhadas para atendimento médico por conta dos ferimentos causados ao tentar conter o autor.
A delegada Analu Ferraz, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), esteve no local e relatou que Leonir usou um canivete e uma faca de cozinha para ferir a vítima e se ferir. O casal não tinha histórico de violência doméstica.
Ângela entra para a triste estatística de vítima de feminicídio, crime que ocorre quando a vítima é morta em razão de ser mulher, em Mato Grosso do Sul. São 38 casos neste ano. Este já é o terceiro pior ano desde a criação da Lei do Feminicídio, em 2015, atrás apenas de 2020 (40 casos) e 2022 (44 casos).




