Após ser chamado de “macaco”, adolescente desabafa nas redes sociais

Ao ser chamado de macaco pelo colega, Guilherme, de 12 anos, gravou um vídeo nas redes sociais para desabafar e pedir mais respeito no mundo. O caso aconteceu na última quarta-feira (15) numa escola municipal de Campo Grande. Assista, acima, ao vídeo.

“Oi. Meu nome é Guilherme, hoje na escola que eu estudo aconteceu uma coisa bem chata. Um colega meu me ofendeu dizendo que eu era macaco e se eu queria uma banana. Queria dizer para ensinarem para o filho de vocês não fazer isso e ter mais respeito no mundo, né gente. Para respeitar uns aos outros (sic)”, disse.

O caso se enquadra como injúria racial, crime passível de prisão em flagrante, com pena de reclusão de um a três anos, além de multa.

Registro em ata - Por meio de nota, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) informou que no dia do ocorrido, o aluno procurou a direção escolar que imediatamente convocou os pais tanto de Guilherme quanto do autor. A direção registrou em ata e o aluno foi advertido.

A escola também ofereceu aos pais da vítima uma cópia da ata, caso quisessem levar o caso a outras instâncias, mas os pais de Guilherme não quiseram a cópia do documento. Passado o dia do ocorrido, Guilherme continuou frequentando as aulas normalmente. O aluno, autor do ato, pediu a transferência.

Outro caso - No começo deste mês, Dinah Ferraz Barbosa Ciancio, de 83 anos, foi presa por suspeita de injúria racial contra a funcionária de uma loja de artigos para fotografia e venda de óculos, na Rua 14 de Julho. A vítima Bruna Vitória, de 22 anos, "foi chamada de preta" e ainda ouviu que "deveria voltar para a escravatura". No dia seguinte, a idosa passou por audiência de custódia e foi liberada para responder ao processo em liberdade.

*Matéria editada às 18h5 para acréscimo da nota encaminhada pela Semed.