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Capital

Apreensão do arsenal colocou vida de guarda municipal em risco, alerta MPE

Marcelo Rios foi transferido para Mossoró; no pedido, consta possível retaliação após grupo perder arsenal de guerra

Silvia Frias e Aline dos Santos | 01/07/2019 14:20
Marcelo Rios, no dia 28 de maio, quando foi levado ao Centro de Triagem (Foto/Arquivo: Henrique Kawaminami)
Marcelo Rios, no dia 28 de maio, quando foi levado ao Centro de Triagem (Foto/Arquivo: Henrique Kawaminami)

A transferência do guarda municipal Marcelo Rios para penitenciária federal foi determinada por combinação de alta letalidade, segundo avaliação do MPE (Ministério Público Estadual). Consta no pedido que ele é “peça de organização criminosa, com características de milícia e/ou grupo de extermínio” e para resguardar a integridade física dele, já que o grupo sofreu grande prejuízo com a apreensão do arsenal e Rios poderia sofrer alguma retaliação.

Rios está detido desde o dia 19 de junho, após arsenal de guerra ter sido encontrado em casa no bairro Monte Líbano. Atualmente, está no presídio federal de Mossoró (RN).

O pedido de transferência para presídio federal foi autorizado no dia 7 de junho, pelo juiz federal Walter Nunes da Sila, da 2ª Vara Federal de Natal. Na determinação, há citação de suspeita de participação nas mortes de subtenente e de atentado contra capitão da PM (Polícia Militar).

Embora não seja textual, refere-se à morte do subtenente Ilson Martins Figueiredo, Orlando Silva Fernandes, o “Bomba” e de Matheus Coutinho Xavier, filho do capitão reformado da PM, Paulo Roberto Teixeira Xavier.

Matheus Coutinho morreu no dia 9 de abril, quando manobrava o carro do pai, na porta de casa, no Jardim Bela Vista. A polícia acredita que o alvo seria o capitão reformado, que já foi alvo de investigações anteriores por participação em jogos de azar.

Parte do arsenal atribuído a Marcelo Rios (Foto/Divulgação)
Parte do arsenal atribuído a Marcelo Rios (Foto/Divulgação)

O subtenente Ilson Martins de Figueiredo, 62 anos, então chefe da segurança da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, foi morto às 6h do dia 11 de junho, em plena Avenida Guaicurus. A camionete onde estava foi atingida por pelo menos 45 tiros de fuzil.

Emergência – até concretizar a transferência para Mossoró, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) pediu a que Marcelo Rios fosse levado ao Presídio Federal de Campo Grande, o que foi realizado no dia 20 de junho.

No dia 25 de junho, a defesa de Marcelo Rios protocolou pedido de acesso ao preso, em caráter excepcional e de urgência. A solicitação é para “entrevista pessoal e reservada com seu procurador judicial”.

O pedido fala que Marcelo Rios foi vítima de “um estratagema policial espúrio”, tratando-se de “verdadeira tortura psicológica”. Essa solicitação ainda não foi analisada pela Justiça Federal de Campo Grande.

Arsenal – no flagrante ocorrido no dia 19 de junho, na Rua José Luiz Pereira, os policiais apreenderam dois fuzis modelo AK 47 calibre 76, quatro fuzis calibre 556, uma espingarda calibre 12, uma espingarda calibre 22, 17 pistolas, um revólver calibre 357 e várias munições (15 calibre 762, 392 calibre 762/39 – de AK 47 – 152 calibre 556, 115 calibre 12, 539 munições calibre 9 mm, 37 calibre .40 e 12 calibre 45).

Todas as armas estavam em municiadas e prontas para uso. Além disso, foram encontrados silenciadores, lunetas, e bloqueadores de sinal eletromagnético. O aparelho, conforme investigações tem a capacidade de bloquear o sinal das tornozeleiras eletrônicas.

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