Assassinato com tortura deixa família em choque: “foi muita crueldade”
A vítima foi encontrada morta na tarde de ontem, na casa onde morava, com sinais de tortura
Com os olhos marejados e a voz embargada, a jornalista Hilda Reis chegou cedo neste sábado (17) à casa onde o irmão, Israel Reis, 53 anos, foi assassinado. A residência, localizada na Vila Jacy, em Campo Grande, foi palco de um crime com requintes de crueldade na tarde de ontem.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Israel Reis, pintor de 53 anos, foi encontrado morto em sua residência na Vila Jacy, em Campo Grande, após ser vítima de um crime brutal. O homem foi torturado com pauladas, marteladas na cabeça, queimaduras de ferro elétrico e asfixia, sendo encontrado com o rosto desfigurado e sinais de estrangulamento. A polícia investiga a hipótese de latrocínio, já que objetos como caixa de som, cartões de crédito, documentos e eletrônicos foram levados da casa. A vítima, que morava sozinha há mais de 30 anos no local, estava debilitada devido a uma reação à vacina, o que pode ter facilitado a ação criminosa.
Hilda esteve no local para buscar as roupas que o irmão vestirá no velório. Em choque, ela desabafou: “A família está muito transtornada, é uma barbaridade. Não tem como a gente não ficar em estado de choque”.
Israel, que trabalhava como pintor e morava sozinho no imóvel há mais de 30 anos, foi encontrado morto com sinais evidentes de tortura. Segundo a irmã, ele havia se preparado para vender a casa e comprar um lar menor, mais adequado à nova fase da vida. “Ele era cheio de vida, cheio de sonhos, e teve a vida ceifada. Ele não merecia isso, com certeza”, disse, emocionada.
A crueldade do crime deixou marcas profundas não só no corpo da vítima, mas também na alma dos que o amavam. Conforme relatado pela família e pela perícia, Israel foi enforcado com um fio, asfixiado com um travesseiro, agredido com pauladas, marteladas na cabeça e até queimado com um ferro elétrico. Seu corpo foi encontrado seminu, com o rosto desfigurado, cortes nos lábios e sinais de estrangulamento.

O portão da residência apresentava sinais de arrombamento pelo lado de dentro, o que levou a irmã a acreditar que o crime tenha sido um latrocínio. “Levaram a caixa de som, todos os cartões de crédito, documentação, celular, notebook. Ainda nem conseguimos analisar tudo o que foi levado”, contou Hilda.
Sobre os rumores de que o corpo estava em decomposição, ela esclareceu: “O requinte de crueldade foi tão terrível que alguém pode ter se confundido. O corpo não estava abandonado. Quando arrombaram o portão, o sistema de segurança foi acionado”.
Conhecido pelo jeito calmo e pelas amizades sinceras, Israel era visto como um homem tranquilo. “Nunca teve inimizade. Vivemos em um mundo cheio de violência. Nossa única segurança é Deus. Quem vive sozinho está muito exposto”, lamentou Hilda. Segundo ela, o irmão estava debilitado devido a uma reação a vacina, com febre e sem sair de casa, o que pode ter facilitado a ação do assassino.
O crime foi registrado na Depac Cepol e é investigado pela Polícia Civil. No local estiveram equipes da perícia, do Corpo de Bombeiros e do 10º Batalhão da Polícia Militar.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.