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Capital

Assassino tem a mesma idade da filha de taxista, o que deixou família perplexa

Um dos três envolvidos na morte de Luciano Barbosa, no último sábado, é um adolescente de 17 anos

Liniker Ribeiro | 28/04/2020 18:39
Assassino tem a mesma idade da filha de taxista, o que deixou família perplexa
Andreia, Lucas e a mãe deles, Izis, sentada ao centro. (Foto: Henrique Kawaminami)

O choque da família de Luciano Barbosa aumenta a cada informação sobre o assassinato do taxista no último sábado. Saber que o tiro na cabeça foi disparado por adolescente de 17 anos deixou todos ainda mais perplexos. Sobrinho e filha de Luciano têm a mesma idade.

Irmã da vítima, Andreia Barbosa, 46 anos, morava com Luciano. Na mesma casa também mora a mãe deles e o filho de Andreia, de 17 anos.

Andreia reconhece, com tristeza, que “coincidentemente”, o assassino confesso é um adolescente de 17 anos. Ela diz que a sobrinha, que mora com a mãe, ao saber disso, questionou: “Tia, como um menino da minha idade tirou a vida do meu pai?”.

A irmã, por sua vez, diz não conseguir assimilar como um jovem tem a coragem de realizar ato de tamanha brutalidade. “Não dá nem pra acreditar”, afirma.

O mais cruel, na avaliação dela, é que Luciano não reagiu. “Ele era a pessoa mais tranquila do mundo. Era muito medroso. O tipo de pessoa que se entrasse ladrão aqui em casa, era o primeiro a correr pra se esconder”.

Ela contou ainda que o irmão tinha três paixões: o carro, o celular e Netflix. “Assistir Netflix era uma das coisas que ele mais gostava de fazer”, conta Andreia.

Momento difícil - Hoje à tarde, na casa da família, mãe e irmãos do taxista tentavam retomar a rotina. Dona Izis resolveu voltar a produzir máscaras, tarefa que a costureira faz com todo o capricho do mundo.

O irmão, Lucas também tenta recuperar a rotina, mas é difícil não lembrar do irmão a todo momento,principalmente, como uma decisão mudou a vida de toda a família para sempre. “O Luciano era muito precavido. Acredito que só aceitou a corrida porque a situação estava difícil e o preço da corrida era bom”, diz o irmão do taxista, Lucas Barbosa, 36 anos.

Segundo a família, desde o começo da pandemia, Luciano não estava mais indo até o ponto de táxi onde sempre ficava, em frente ao Novotel, mas estava aceitando corridas pelos aplicativos .

Andreia confirma a suspeita de Lucas, e conta que Luciano, antes de sair de casa no dia do crime, suspeitou da corrida, solicitada às 23h30, dizendo que a passageira era uma mulher na Afonso Pena, o que não era comum. “Uma mulher na Afonso Pena uma hora dessas?”.

Ela disse ainda que assim que aceitou a corrida, Luciano fez contato com a passageira perguntando se ela estava sozinha. Esta teria dito que estava com um rapaz, mas mesmo desconfiado, Luciano seguiu. “Pelo valor, ele aceitou a corrida”, conta.

Luciano costumava trabalhar entre 7h e 19h, evitando horários noturnos.

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