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Capital

Atendimento em postos aumenta "onde tem fumaça" na Capital

Planurb faz relação entre aumento de focos de incêndio e atendimentos em unidades de saúde de Campo Grande; cruzamento de dados será usado em campanha de prevenção contra incêndio

Silvia Frias | 24/04/2019 06:49
Fumaça provocada pelo fogo colocado em montanha de lixo em janeiro deste ano (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Fumaça provocada pelo fogo colocado em montanha de lixo em janeiro deste ano (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Em Campo Grande, os últimos meses alternam períodos de chuvas intensas e tempo seco e quente. Por isso, é comum a ocorrência de incêndio em terrenos baldios, situação que não é risco somente ao meio ambiente, mas à saúde da população: onde tem fumaça, o índice de atendimento nos postos por problemas respiratórios também aumenta.

Cruzamento feito pela Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano) entre dados do Corpo de Bombeiros e Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) faz a relação entre as duas situações: o índice de focos de incêndio passou de 1.997 em 2017 para 2.395 no ano passado, 19,92% de aumento; o de atendimentos médicos por problemas respiratórios foi elevado em 7% na relação 2017/2018, passando de 55.514 para 59.304.

Embora não seja causa única dos problemas respiratórios, a fumaça dos incêndios potencializa a situação, conforme avaliação do engenheiro ambiental da Planurb, Vinícius Zanardo que apresentou diagnóstico durante reunião, ontem, do COMIF (Comitê Municipal de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais e Urbanos).

Em 2018, dos 1.936 focos de incêndios registrados na zona urbana de Campo Grande, 404 foram na região do Bandeira.

A mesma área concentra 15.829 atendimentos médicos decorrentes de problemas respiratórios, 26,82% do total dos 59.018 feitos na área urbana da cidade.

A região do Imbirussu registrou 11.484 atendimentos médicos em 2018. Nessa área, os focos de incêndio em terrenos baldios, matas e reserva ambiental somaram 198 casos. A terceira maior área de atendimentos médicos foi a região Lagoa, com 10.667 registros, que reúne 243 ocorrências de incêndio.

Os dados serão usados para a campanha “Agosto Alaranjado”, mês de prevenção e combate ao fogo em vegetação. Segundo Zanardo, este é o terceiro ano da campanha, desta vez,com o tema “Onde tem queimada, não tem saúde”.

Serão enfatizadas campanhas de prevenção, com palestras em escolas, além da fiscalização para multar responsáveis por queimadas. Em 2018, foram expedidas 50 multas na região urbana de Campo Grande.

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