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Capital

Audiência termina sem acordo e juiz decidirá indenização por morte no trânsito

Lidiane Kober | 24/01/2014 10:22

A audiência de conciliação, realizada ontem (23), entre Laís Marine, 24 anos, viúva do segurança Davi Del Valle Antunes, 31, morto em acidente de trânsito, e a família do estudante Richard Gomide Lima, que atropelou o jovem, terminou sem acordo e o juiz da 8° Vara Civil de Campo Grande decidirá o valor da indenização.

A viúva cobra R$ 535 mil do estudante e do pai dele, o empresário Antonio Ildivan Pinto Lima. Na ação, ela alega que o pai também deve responder pela reparação de danos morais e materiais já que era proprietário do veículo Punto, que Richard dirigia no dia do acidente, na madrugada do dia 31 de maio de 2012.

A família do estudante, no entanto, ofereceu indenização de R$ 32 mil mais meio salário mínimo até o filho do segurança completar 18 anos. Hoje, a criança tem 2 anos e meio. Á vista, a família receberia R$ 20 mil, mais 12 parcelas de R$ 1 mil até completar os R$ 32 mil, de acordo com o advogado da viúva, Kalbio dos Santos.

“Não teve possibilidade de aceitar a proposta”, relatou o advogado. Na audiência, ele contou que Laís afirmou não se importar de esperar mais. “Como ela mesmo disse, o pior já passou”, acrescentou. Hoje, a jovem vive e sustenta o filho com R$ 890, referente à pensão paga pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Depois do acidente, de acordo com o advogado, ela entregou a casa na qual vivia com o filho e o marido e, hoje, mora de favor na casa de parentes. Atualmente, Laís não trabalha, porque precisa cuidar do filho. “O Davi era o provedor dos alimentos. A viúva passou muitas dificuldades depois do acidente”, comentou Kalbio.

Poder financeiro – Ainda na audiência de ontem, o advogado da viúva juntou ao processo documentos para comprovar a capacidade financeira de a família do motorista arcar com a indenização. “Desde 1987, eles têm duas empresas do ramo funerário, sólidas e conhecidas”, destacou.

Além disso, segundo o advogado, foram incluídos documentos que apontam a propriedade de mais de 10 imóveis na Capital. “Só dois deles tem 60 mil metros quadrados na área urbana de Campo Grande, o equivalente a 150 terrenos”, detalhou.

Agora, o processo segue para as alegações finais das partes. “Passado o tramite, o caso está pronto para o juiz julgar”, informou o advogado. Questionado sobre o prazo, Kalbio disse que “dependerá do expediente interno”. “Pode demorar até um ano”, finalizou.

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