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Capital

Bancários do BB protestam em silêncio contra demissão de 5 mil

Trabalhadores fecharam 10 agências em Campo Grande e alertam população para perigos de reestruturação

Anahi Zurutuza e Bruna Marques | 29/01/2021 12:06
Trabalhadores montaram tenda em frente à agência para conversar com quem passava sobre os "perigos" do plano de reestruturação (Foto: Henrique Kawaminami)
Trabalhadores montaram tenda em frente à agência para conversar com quem passava sobre os "perigos" do plano de reestruturação (Foto: Henrique Kawaminami)

Em manifestação silenciosa em frente à agência do Banco do Brasil da Avenida Afonso Pena com a Rua 13 de Maio, bancários protestaram contra o plano de reestruturação da instituição estatal, que prevê 5 mil demissões voluntárias e o fechamento de 361 unidades pelo País.

A paralisação de 24 horas é simultânea em todo o Brasil. “Os sindicatos organizaram as assembleias no dia 25, os funcionários votaram e aqui, 80% dos bancários aprovando a paralisação”, explica a Neide Maria Rodrigues, presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região.

Hoje, na Capital, somente duas agência permaneceram abertas, mas todas as 12 estão recebendo os clientes dos serviços de autoatendimento.

A sindicalista defende que a manifestação também tem o objetivo de alerta a população dos prejuízos do fechamento de agências e demissão, não só para os funcionários, que ficarão sobrecarregados, ou correntistas, mas todos os que precisam do banco, como produtores rurais e acadêmicos do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).

“Lançaram isso [plano de reestruturação] em plena, quando mais as pessoas precisam ser bem atendidas, não podem ficar muito na fila. Percebemos que o governo federal está numa tentativa de privatizar o banco, ou seja, o sucateando para depois ter de transformar em banco privado. Todos precisam ficar atentos. O Bando do Brasil é muito importante para o País, é quem opera o Fies, financia o agronegócio”, alerta Neide.

Apesar do fechamento de 10 unidades na Capital, ao menos na agência onde havia o protesto, na região central, não havia clientes insatisfeitos. Todos os abordados pela reportagem conseguiram resolver o que precisavam pelo caixa eletrônico.

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