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Bando chefiado por presos ensinava em vídeo como invadir bancos

Bando é suspeito de levar R$ 150 mil do Banco do Brasil nas Moreninhas e de tentar invadir agências dos Correios na Capital e interior

Guilherme Henri e Viviane Oliveira | 22/03/2018 11:36
Quadrilha apresentada no Garras na manhã desta quinta-feira (Foto: Viviane Oliveira)
Quadrilha apresentada no Garras na manhã desta quinta-feira (Foto: Viviane Oliveira)

A Polícia Civil desmantelou quadrilha suspeita de furtar R$ 150 mil do Banco do Brasil nas Moreninhas. O bando também está envolvido na tentativa de invasão de pelo menos outras quatro agências dos correios na Capital e no interior. Os “cabeças” do esquema estão presos na Máxima e por meio de vídeos enviados pelo Whatsapp ensinavam ao restante dos bandidos como entrar nas agências.

No total são 10 envolvidos nos crimes. Oito deles foram apresentados no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) na manhã desta quinta-feira (22).

Segundo o delegado João Paulo Sartori, após meses de investigação a polícia chegou a Cleber Nunes Pires, o “Arcanjo”, 39 anos, e Melrison da Silva, o “Carinha”, 31 anos. Os dois estão presos no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande e são apontados como os chefes da quadrilha.

“Eles e outros 'colaboradores' enviavam ao restante do bando vídeos de como entrar em agências bancárias e do Correios. Além disso, também indicavam as ferramentas que deveriam ser usadas nos crimes e até como abafar o alarme do estabelecimento alvo”, disse o delegado.

Os “tutoriais” de como invadir as agências eram executados por Welligton Felipe dos Santos Silva, o “Piranha”, 21 anos, Iante Yatewith Oliveira Faria, o “Ian”, 20 anos, Caique Carlos Neves Braga, o “Lançamento” e Gilberto Costa Nascimento, o “Gil”. Segundo a polícia, “Lançamento” e “Gil” estão foragidos.

Eles contavam com a ajuda de Janaíana Andrade de Souza, a “Jade”, 29 anos, Jhecylli dos Santos Carvalho, a “Lindinha”, 20 anos, e Renata Alchonjo Rodrigues, 36 anos. “Elas eram responsáveis em comprar as ferramentas, desligar a energia das agências e depois guardar os materiais usados nos crimes”, detalha Sartori.

Preso ensinando em vídeo como rastejar (Foto: Reprodução)
Preso ensinando em vídeo como rastejar (Foto: Reprodução)

Além da agência bancária nas Moreninhas, a quadrilha é suspeita de de tentar invadir o Sicredi em Bandeirantes e agências dos Correios de Bataguassu, Sidrolândia e da Campo Grande - na avenida Eduardo Elias Zahran. “Nas ações, eles também pegavam as armas dos vigias que ficavam nas agências”, conta o delegado.

Passagens - “Arcanjo” foi condenado a 20 por roubos e também tem passagens por furto. A polícia adiantou que pedirá a transferência do preso para outra unidade penal não informada. “Piranha” é um dos seis expulsos do Paraguai por envolvimento na morte de um policial civil de MS. Além disso “coleciona” outras passagens por tráfico, furto e homicídio. Já “Ian” tem passagens por furto.

Na apresentação, Renata contou que é de Jardim e mora na Capital há 8 meses. A suspeita negou envolvimento nas ações criminosas e disse ainda que tinha conhecido “Arcanjo” por meio de um grupo no Whastsapp. “Ele [Arcanjo] disse que era um empresário do ramo da construção cívil. Nem chegamos a nos conhecer. Ele só pediu para guardar umas ferramentas na minha casa e eu deixei. Depois uma mulher que não conheço foi buscar”, alega. A versão chegou a ser confirmada pelo “cabeça” da quadrilha.

Vídeo – O Campo Grande News teve acesso a um dos vídeos que eram usados como “tutoriais” de como invadir as agências.

Nas imagens é possível ver um detento mostrando a “maneira correta” de rastejar pelas agências que seriam invadidas. Ele rasteja dentro da própria cela em uma unidade penal. Na sequência, outros bandidos ensinam como serrar cofres. Ainda é possível ouvir os suspeitos ensinando o passo a passo para as ações.

Em seguida, o delegado João Paulo Sartori, dá detalhes de como o bando agia, em coletiva de imprensa. Veja:

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