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Capital

Bebê com apenas 13 dias de vida recebe órtese feita em impressora 3D

Dispositivo vai ajudar a corrigir os pezinhos da pequena, que são voltados para dentro

Adriano Fernandes | 29/09/2021 19:47


Uma bebê com apenas 13 dias de vida, internada na UTI neonatal do Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), é o primeiro recém-nascido a receber uma órtese sob medida na Capital. O dispositivo médico foi produzido utilizando a impressora 3D da unidade, e vai ajudar a corrigir os pezinhos da pequena, que são voltados para dentro.

"A colocação dessa órtese sob medida consegue posicionar o pezinho para que não tenha encurtamento e evite cirurgias futuras, causadas pelas complicações da postura viciosa que esse membro ficaria”, explica Marina Sassioto, chefe da ortopedia do hospital.

Desde o nascimento da bebê, que é prematura e tem apenas 1,2 Kg, uma equipe de profissionais compostos também por uma fisioterapeuta e um engenheiro clínico, se dedicaram a fazer uma série de testes e ajustes no dispositivo até chegar ao projeto final, que foi colocado na criança.

A órtese é impressa em um material chamado PLA, que é composto de fibra de milho de característica atóxica, o que é mais adequado para esses tipos de aplicações. Além da alta funcionalidade, o dispositivo também chama atenção pelo baixo custo.

Órtese feita sob medida para a bebê. (Foto: Humap)
Órtese feita sob medida para a bebê. (Foto: Humap)

Enquanto na rede particular o par de órteses pode custar R$ 1,5 mil, o sistema adotado pelo Hospital Universitário viabiliza cada unidade a R$ 1,00. “Com o crescimento, essas órteses terão que ser mudadas de acordo com o tamanho da criança. Então, esse é um custo importante", completa Marina.

O engenheiro clínico Daniel Dittmar, responsável pela produção do dispositivo médico, explica que uma órtese, quando personalizada, favorece na evolução do tratamento da bebê. “A vantagem de se fazer esse tipo de órtese aqui no próprio HU (Hospital Universitário), é que a gente consegue modelar de acordo com as necessidades do paciente”, comenta. Daniel explica que o tempo de modelagem da órtese foi o mais demorado, durou cerca de duas horas. Já a impressão leva entorno de 40 minutos a 1h.

Ainda não é possível precisar quanto tempo a pequena vai continuar com a órtese. Tudo vai depender da evolução do tratamento. Desde que a impressora 3D chegou ao hospital, em dezembro do ano passado, o HU produziu outras órteses em caráter experimental. A que foi implantada na bebê, é a primeira feita sob medida para um paciente.

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