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Capital

Bebê de dois meses morre em abrigo da Capital e mãe denuncia maus tratos

Amanda Bogo | 30/05/2016 14:56
Caso foi registrado como morte a esclarecer na Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (Foto: Simão Nogueira)
Caso foi registrado como morte a esclarecer na Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (Foto: Simão Nogueira)

Um bebê de dois meses faleceu em um abrigo de Campo Grande na noite de sábado (28). A família, inconformada com o caso, registrou boletim de ocorrência na Depca (Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente) para investigar a morte da criança por acreditar que ela sofria maus tratos no local. Na certidão de óbito consta que o menino faleceu de pneumonia.

Na sexta-feira (27) a criança passou mal no abrigo e foi levada a Santa Casa, onde faleceu no dia seguinte. Segundo a mãe, Rosane Gislene Cabral, 37, a informação que recebeu no hospital foi diferente do que os funcionários do abrigo passaram. “Eles disseram que deram de mamar para ele, que vomitou e engasgou. A médica me disse que ele estava com infecção e pneumonia. Ele estava bem e com saúde, agora eu quero saber se ele morreu por negligência de quem estava cuidando”, contou.

Caio Cabral Benites foi levada ao abrigo no último dia 17 junto com a irmã gêmea. De acordo com Rosane, ela era usuária de droga e usou ilícitos na gestação, por isso as crianças, que nasceram prematuras, foram levadas ao local. “Eu estava cuidando bem dos meus filhos, e 47 dias depois que eles nasceram, disseram que eu estava consumindo drogas, mas eu não estava. Eu provei que não estava apresentando os exames toxicológicos, mas levaram eles mesmo assim".

Rosane disse que no dia seguinte foi até a Defensoria Pública para conseguir a guarda das crianças de volta, mas não conseguiu. "A minha filha eles não querem entregar, o meu filho eles entregaram morto", desabafou.

A mãe afirmou que a criança chegou ao abrigo saudável e pesando 5 kg. Ela visitava os bebês às sextas-feiras. "Na última visita ele aparentava estar bem, estava com o nariz sujo. Dão banho e colocam para dormir, mas não cuidam direito lá”.

O caso está sendo investigado pela Depca (Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente) como morte a esclarecer. Segundo o delegado titular, Paulo Sérgio Lauretto, a família registrou seis boletins de ocorrência e agora será aberto um inquérito para investigar as causas da morte, que consta na certidão de óbito como pneumonia.

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