Não foi Papai Noel: rastro de fogo no céu da Capital é reflexo de satélites
Satélites da Starlink, empresa de internet do bilionário Elon Musk, deram as caras na noite desta quarta (17)
Na noite de quarta-feira (17), moradores de Campo Grande registraram em vídeo um rastro luminoso que cruzou o céu da Capital, na região do Jardim TV Morena. As imagens circularam em grupos de mensagens e despertaram curiosidade sobre a origem do fenômeno.
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Um rastro luminoso avistado no céu de Campo Grande na noite de quarta-feira (17) foi identificado como reflexo de satélites da rede Starlink, pertencente à SpaceX. O fenômeno, registrado na região do Jardim TV Morena, chamou a atenção dos moradores pela aparência de fogo ou faísca contínua. Segundo o professor Hamilton Corrêa, coordenador do clube de astronomia da UFMS, o efeito é causado pela reflexão da luz solar nos satélites em órbita baixa. A visibilidade do fenômeno foi favorecida pelo céu limpo, e sua ocorrência tem se tornado mais frequente devido ao aumento no número de lançamentos de satélites.
O rastro apareceu por alguns segundos e tinha aspecto de fogo ou faísca contínua, segundo relatos de quem acompanhou a passagem a olho nu. O céu estava limpo no momento, o que facilitou a visualização do objeto.
De acordo com o professor Hamilton Corrêa, coordenador do clube de astronomia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), as características indicam a passagem de um satélite da rede Starlink. A constelação pertence à SpaceX e opera em órbita baixa da Terra.
Segundo o especialista, a iluminação solar refletida nos satélites, aliada à velocidade e à ausência de nuvens, produz o efeito de rastro brilhante. Em determinadas condições, o fenômeno se torna visível sem o uso de telescópios ou equipamentos específicos.
A passagem desses satélites ocorre com frequência sobre o território brasileiro, mas nem sempre chama atenção do público. Em Campo Grande, registros semelhantes se tornaram mais comuns nos últimos anos, principalmente após o aumento no número de lançamentos.
Ferramentas on-line permitem acompanhar datas e horários em que os satélites ficam visíveis a olho nu, conforme a localização. Esses dados ajudam a diferenciar o fenômeno de meteoros, aviões ou outros objetos no céu.
O vídeo enviado à reportagem reforça o padrão já observado em ocorrências anteriores na Capital e não representa risco à população.

