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Capital

Bebês estão em UPA há dias enquanto esperam vaga em hospitais

São dois: um menino de 1 ano e meio que está com suspeita de H1N1 e uma menina com apenas 3 meses de vida

Por Cassia Modena | 12/04/2024 11:22
Bebê da esquerda espera vaga há 7 dias e o da direita, há 3 dias (Fotos: Direto das Ruas)
Bebê da esquerda espera vaga há 7 dias e o da direita, há 3 dias (Fotos: Direto das Ruas)

Dois bebês com sintomas respiratórios preocupantes, um com a suspeita de estar com H1N1, precisam ser transferidos com urgência para algum hospital de Campo Grande. As mães escutam que não há vagas, no entanto.

Uma é menina de apenas três meses de vida que está há sete dias esperando. Ela respira com o apoio de oxigênio extra na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino.

O outro é um menino de um ano e meio que aguarda há três dias na UPA Universitário, também recebe oxigenioterapia e é o que está com suspeita de H1N1.

A reportagem conseguiu falar com a mãe do mais velho, Cristina de Souza Almeida. Ela é empregada doméstica e mora no Bairro Pioneiros. Não sabe o que fazer enquanto vê o menino precisando assistência avançada.

"O médico que pediu o encaminhamento dele para um hospital pela gravidade, passou por aqui ontem e me falou: 'mãe, você está aqui ainda?' Ele olhou meu filho ontem à noite e viu que estava no mesmo estado e até piorando", fala a mãe.

Ela continua o relato. "O médico disse que iria reforçar o pedido da vaga falando que meu filho não está tendo melhora e continua no oxigênio. Colocou meu filho no soro, porque não estava, e acrescentou potássio e não sei mais o quê, porque ele não está se alimentando e quase não está quase tomando líquido, está desidratando", detalha Cristina, preocupada.

Ainda segundo Cristina, o bebê já recebe tratamento com Tamiflu na UPA Universitário, indicado contra o H1N1.

O Campo Grande News segue tentando falar com a mãe da bebê de três meses para saber mais detalhes do estado de saúde dela. As informações serão atualizadas aqui.

Sem vagas - A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), responsável pelas UPAs e pela central de regulação de vagas de urgência e emergência, foi contatada para explicar quais medidas irá tomar para garantir o atendimento hospitalar às crianças o quanto antes.

Até o momento, a assessoria de imprensa da pasta enviou resposta sobre o caso do menino, informando que a transferência é tratada como prioritária e que a suspeita é de pneumonia.

"Neste momento, está com prioridade 1 na central de regulação, aguardando autorização hospitalar para que seja feita a transferência dele. Cabe ressaltar que a escala médica da unidade esteve completa na data de ontem (11) e de hoje (12), não havendo prejuízo no atendimento do paciente, e que, enquanto ele permanece no local, toda a assistência necessária é prestada, garantindo, assim, a estabilização do quadro clínico para que a transferência seja feita assim que autorizada", pontuou.

Quanto ao caso da menina, a Sesau informou que a vaga foi liberada na terça-feira (9) e que iria apurar se houve ou não a transferência.

Nesta semana, a reportagem também falou sobre a superlotação da maternidade e do centro obstétrico do Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), de Campo Grande, que acomodava mulheres e bebês em macas devido à falta de leitos. A Sesau havia informado que não faria mais encaminhamentos de pacientes à instituição temporariamente, diante da situação.

Matéria atualizada às 11h45 de 15 de janeiro para acrescentar mais um retorno da Sesau.

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