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Capital

Caminhoneiro aceita frete, mas acaba sequestrado e roubado na MS-040

A vítima contou que ficou o tempo todo vendado, por isso não sabe como era a casa em que foi mantido refém

Geisy Garnes | 26/07/2020 15:18
O caso foi registrado na Dpeac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro (Foto: Paulo Francis)
O caso foi registrado na Dpeac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro (Foto: Paulo Francis)

Um caminhoneiro de 40 anos foi roubado e feito refém por horas após aceitar fazer um frete em Campo Grande, na noite deste sábado (25). Ele saiu para ajudar um colega de profissão que estava com o veículo quebrado na MS-040, mas ao encontrar o “contratante” foi rendido, vendado e levado para um cativeiro.

Ele procurou a polícia na manhã deste domingo (26) para registar o caso. Contou que foi o amigo quem recebeu a ligação com a proposta de frete. Por telefone, um homem, que se identificou como Júnior, afirmou que estava com o caminhão quebrado e precisava de outro veículo para trocar a carga que transportava.

Como não condição de ajudar, o amigo repassou o serviço para ele. Depois de combinar os detalhes por telefone, o homem dirigiu até a MS-040 e seguiu todo o trajeto detalhado pelo suporto contratante. Quando chegou ao local, percebeu que não havia caminhão algum, mas antes que pudesse reagir, foi fechado por um Renault Clio Hatch.

No carro haviam cinco pessoas, quatro homens e uma mulher, mas só dois ocupantes desceram. Armados, eles anunciaram o assalto: “perdeu, perdeu, desce que a gente não quer fazer nada com você, a gente só quer o caminhão”. Depois de ser amarrado e vendado com um saco plástico, o caminhoneiro foi colocado no porta-malas do Clio e levado para uma casa.

Nesse lugar, ficou sob vigia de cinco pessoas. Para a polícia, o homem contou que ficou no cativeiro tempo suficiente para a quadrilha levar o caminhão para o Paraguai. Assim que isso aconteceu, ele foi novamente colocado no carro, levado até a saída da cidade para Rochedo e deixado próximo a pedreira São Luiz.

Ainda em depoimento, a vítima contou que ficou o tempo todo vendado, por isso não sabe como era a casa em que foi mantido refém, mas lembrou que era possível ouvir “baralho de avião” de lá. Durante todo o crime, os bandidos usaram camisetas para cobrir os rostos. Depois de ser liberado, o caminhoneiro encontrou em contato com a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e descobriu que seu veículo passou na fronteira por volta das 00 horas.

Além do caminhão, um Volkswagen 17.210 Motor Cummins, os bandidos levaram um anel, o celular e dinheiro da vítima. Agora o caso é investigado como sequestro e cárcere privado, além de roubo qualificado se a violência ou ameaça com emprego de arma de fogo, pelo transporte de veículo para outro estado ou para o exterior, pela restrição da vítima, pelo concurso de pessoas.

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