Campo Grande cria "Ronda Segura" para coibir onda de furtos em lojas do Centro
A ideia é intensificar, organizar e priorizar o patrulhamento da Guarda Civil

A Prefeitura de Campo Grande instituiu o Programa “Ronda Segura”, com o objetivo de dar mais segurança para os comerciantes do Centro.
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Campo Grande lança programa "Ronda Segura" para reforçar a segurança no Centro da cidade. A iniciativa, uma parceria entre as secretarias municipais de Meio Ambiente e Segurança, visa intensificar as rondas da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e prevenir crimes contra o comércio local. Um cadastro municipal reunirá informações de empresários sobre pontos e horários de maior vulnerabilidade, auxiliando no planejamento das ações. O programa contará com cerca de 12 viaturas e 30 guardas municipais. A "Ronda Segura" surge após reclamações de comerciantes sobre furtos e a presença de moradores de rua na região central. A Polícia Militar já havia alertado para a situação, estimando cerca de 2,5 mil pessoas em situação de rua no Centro, enquanto dados oficiais apontam para 1.097 em toda a cidade.
A resolução conjunta entre a Semades (Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e a Sesdes (Secretaria Municipal Especial de Segurança e Defesa Social) foi publicada no Diário Oficial do Município desta sexta-feira (05).
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O programa é voltado à intensificação, organização e priorização das rondas da GCM (Guarda Civil Metropolitana) para prevenir e reduzir as ocorrências de furto.
A publicação informa também que novas regiões prioritárias poderão ser incluídas no programa mediante resolução da Sesdes.
O programa “Ronda Segura” terá como ferramenta de planejamento e priorização um Cadastro Municipal de Empresários Participantes. Deverão ser informados dados de identificação e localização do estabelecimento, períodos e pontos de maior vulnerabilidade, conforme percepção do empresário.
As informações do cadastro terão uso restrito à gestão operacional do programa, observada a legislação que disciplina a proteção de dados pessoais.
O secretário especial de segurança, Anderson Gonzaga, informou ao Campo Grande News que já tem o cronograma de fiscalização, mas que não pode ser divulgado.
“Para combater o furto e o roubo, temos de fiscalizar esses locais de recebimento de materiais metálicos. Vamos reforçar a segurança na área central com viaturas e operações que poderão ocorrer durante o dia e também de madrugada. Já detectamos alguns locais que funcionam na madrugada”, disse.
Ainda de acordo com ele, para o programa serão disponibilizadas, em média, 12 viaturas com 30 servidores atuando.
Não é de hoje que o Campo Grande News noticia sobre a insatisfação dos comerciantes com a situação do Centro. Com frequência, empresários têm reclamado de furtos e de andarilhos em frente das lojas.
Durante reunião organizada pela ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) com moradores e comerciantes do Centro, em junho, a Polícia Militar alertou para a possibilidade de "colapso", com 2,5 mil andarilhos no Centro.
A quantidade é maior do que a apresentada pelo Ministério do Desenvolvimento Social, com base no CadÚnico (Cadastro Único) e no Observatório Brasileiro de Políticas Públicas, que apontam oficialmente 1.097 pessoas em situação de rua em toda a cidade.
Nesta sexta-feira, às 15h, lojistas da Rua José Antônio vão fazer manifestação contra a onda de furtos e a falta de segurança no Centro. O ato acontece no trecho entre a Avenida Afonso Pena e a Rua Joaquim Murtinho.
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