Campo Grande entra no 3º dia seguido sem ônibus em meio a greve de motoristas
Sindicato ignorou multa pesada e determinação da justiça de retorno escalonado ao trabalho
Campo Grande vive nesta quarta-feira o terceiro dia consecutivo sem ônibus circulando em suas ruas. A paralisação total dos motoristas do transporte coletivo persiste apesar de determinação judicial para retorno escalonado dos serviços e da ameaça de multa pesada imposta pela TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 24ª Região.
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O movimento grevista começou na segunda-feira, motivado pelo atraso no pagamento de salários pela empresa responsável pelo transporte coletivo, o Consórcio Guaicurus. Em assembleia realizada na escadaria da sede do tribunal, os motoristas rejeitaram a ordem judicial que exigia a operação de parte da frota e decidiram manter a paralisação total. Isso significa terminais vazios e passageiros sem alternativa de deslocamento por transporte público há três dias seguidos.
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Na terça-feira, a Justiça do Trabalho aumentou a multa para R$ 200 mil por dia em caso de descumprimento da ordem de retorno escalonado dos ônibus, que deveria começar às 6h desta quarta. A determinação estabelecia que 70 % da frota circulasse nos horários de pico e 50 % nos demais períodos. A reação dos motoristas à decisão foi de rejeição e tensão no plenário, com o presidente do sindicato afirmando que a medida “não vai acontecer”.
O impasse expõe um conflito mais amplo entre prefeitura, empresa e trabalhadores. A categoria alega falta de pagamento completo dos salários como razão da greve. A Prefeitura de Campo Grande, por sua vez, contesta a versão e afirma que os repasses ao consórcio foram feitos em dia, caracterizando a paralisação como abusiva e ilegal por se tratar de serviço essencial.



