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Capital

Campo Grande está entre as 5 capitais onde mais se dirige embriagado

Total de 11,3% dos motoristas da cidade afirmaram que conduzem veículos embriagados.

Anahi Gurgel | 29/06/2018 17:09
Acidente de trânsito matou dois idosos, na Cândido Mariano, após condutor dirigir embriagado. (Foto: Saul Schramm)
Acidente de trânsito matou dois idosos, na Cândido Mariano, após condutor dirigir embriagado. (Foto: Saul Schramm)

Campo Grande é uma das capitais brasileiras onde mais se pratica o consumo de álcool ligado à direção. Segundo pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico), divulgada nesta quinta-feira (28), 11,3% dos motoristas da cidade afirmaram que conduzem veículos embriagados.

Na Capital, os homens são os que mais se arriscam praticando esse crime. Representam 19% da população, enquanto as mulheres são 4%.

Em Campo Grande, foram entrevistadas 2.032 pessoas entre fevereiro a dezembro de 2017. Dessas 714 eram homens e 1.192 mulheres.

Campo Grande só perde para Palmas (16,1%); Florianópolis (15,3%); Cuiabá (13,5%) e Boa Vista (11,6%) e fica bem a frente de Recife (2,9%); Maceió (3,4%); Rio de Janeiro (4%); Vitória (4,1%) e Porto Alegre (4,8%).

A Vigitel, desenvolvida pelo Ministério da Saúde, analisa frequência do hábito dos motoristas desde 2011, quando foi registrado índice de 8,6%, em média. E os números vêm se mantendo estáveis, com aumento de 16%, no período.

Observa-se que os homens continuam a se arriscar mais do que as mulheres. É um perfil mundial, mas que no Brasil agrava a situação devido à infraestrutura que o país oferece aos condutores. Precisa ter mais prudência por parte dos motoristas e melhores vias por parte dos governos”, acredita a diretora de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Fátima Marinho.

Acidente com motorista embriagado registrado em Campo Grande, em 2018. (Foto: Fernando Antunes)
Acidente com motorista embriagado registrado em Campo Grande, em 2018. (Foto: Fernando Antunes)

No último dia 19, a Lei Seca completou 10 anos de vigência no País. À época, o chamado SIM (Sistema de Informações de Mortalidade), do Ministério da Saúde, registrou 3.240 óbitos por essa causa. Já em 2016, foram 2.726 casos.

Se comparado a 2012, a queda é ainda mais significativa. Foi quando a legislação passou pela primeira alteração e tornou-se mais rígida com o aumento do valor da multa para condutores embriagados. Foram 3.616 pessoas mortas em decorrência de acidentes no trânsito – redução de 24,6% em relação a 2016.

Entretanto, o número de mortes no País caiu 2,4% em seis anos: foram 38.273 óbitos em 2008 e 37.345 em 2016. A boa notícia é que teve queda de 16,7% em relação a 2012, quando foram registradas 44.812 mortes.

No Brasil, o número de internações pelo Sus (Sistema Único de Saúde) envolvendo condutores, passageiros e pedestres acidentados no trânsito em 2009 foi de 125.060. Em 2016, total foi de 178.974 pessoas - 43,1% superior ao primeiro ano da lei seca. O custo? Absurdos R$ 252,7 milhões.

O Vigitel é uma pesquisa realizada em todas as capitais do país, por telefone, com adultos maiores de 18 anos.

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