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Capital

Campo Grande terá nesta sexta primeiro júri popular digital do País

Nadyenka Castro | 31/08/2011 10:53

Iniciativa inédita no Brasil adotada a partir do dia 2 pela 2ª Vara do Tribunal do Júri começa com o julgamento de um rapaz acusado de matar outro em janeiro deste ano no bairro Coronel Antonino

Juiz Aluízio, no Plenário do Tribunal do Júri. A partir de amanhã, papelada em julgamentos feitos pela 2ª Vara do Tribunal do Júri vão dar lugar a notebooks. (Foto: João Garrigó)
Juiz Aluízio, no Plenário do Tribunal do Júri. A partir de amanhã, papelada em julgamentos feitos pela 2ª Vara do Tribunal do Júri vão dar lugar a notebooks. (Foto: João Garrigó)

A 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande realiza nesta sexta-feira o primeiro júri popular digital do País. “Pelo menos que se tem conhecimento será o primeiro”, diz o juiz responsável, Aluízio Pereira dos Santos.

A iniciativa inédita começa às 8 horas com o julgamento de Denner Souza Ruiz, acusado do assassinato de Rafael Silva de Almeida, 22 anos, no dia 9 de janeiro deste ano, no bairro Coronel Antonino.

De acordo com o magistrado, o júri digital vai funcionar da seguinte maneira: em vez de os jurados receberem cópias, em papel, com informações que as partes julgam ser importantes, como é comum, eles vão ler o processo através de um notebook.

Será disponibilizado um equipamento para os sete jurados com o processo que já está totalmente digitalizado. Advogados e promotores de Justiça, em vez de irem para o plenário com toda a papelada vão levar somente o notebook.

Além disso, informações poderão ser apresentadas aos jurados e demais presentes no plenário através do projetor de imagens.” A finalidade é dar agilidade aos júri e economizar papel, declara o juiz.

Aluízio explica que os processos já têm andamento digitalizado em diversos cartórios, mas será a primeira vez que um júri será feito nestes moldes. “É uma realidade que o Tribunal do Júri não pode ficar de fora”, finaliza.

Inovação - Esta não é a primeira vez que o magistrado inova. Para ‘tirar do armário’ diversos processos, o juiz realizou durante três anos júris simultâneos. Eram dois ao mesmo tempo, em plenários diferentes.

“Foram três anos, de 2007 a 2010, aproximadamente 250 processos”, lembra Aluízio. Agora, o andamento das ações penais na 2ª Vara do Tribunal do Júri está em dia.

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