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Capital

Terra vermelha: cena vista em bairros toma conta da principal avenida da Capital

Paula Maciulevicius | 09/11/2011 19:47

A obra de revitalização da avenida chegou no coração do centro da Capital que não para, nem se for para arrumar o canteiro

O que antes se restringia aos bairros chega ao coração da Capital. Aos pés de quem passa no cruzamento com a 14 de Julho (Foto: João Garrigó)
O que antes se restringia aos bairros chega ao coração da Capital. Aos pés de quem passa no cruzamento com a 14 de Julho (Foto: João Garrigó)

O que só se via em obras de asfalto ou reparos nos bairros distantes agora toma conta da principal e mais movimentada avenida de Campo Grande. A terra vermelha está aí nos pés de quem caminha e para quem passa batido, parece não combinar com a correria da esquina da Afonso Pena com a rua 14 de Julho.

A obra de revitalização da avenida chegou no coração do centro da Capital que não para, nem se for para arrumar o canteiro. Entre toda a movimentação de pedestres, carros, buzinas e o acender de semáforos, a terra não passa despercebida.

“Fica difícil para a gente atravessar de um lado para o outro no meio de tanta terra”, comenta a funcionária pública Leda Ferreira, de 42 anos.

Uns passos a mais e apressado passava o laboratorista Cristiano Pacheco, de 24 anos “isso não está legal, está é a maior bagunça”.

Por enquanto “São Pedro” até que tem colaborado, mas se a chuva vier, aí que a Afonso Pena vai ganhar ares de bairros.

“Se chover? Aí vai andar onde? Na rua?”, questiona a dona de casa Isabel Silva Melo, de 45 anos.

“Vai ficar bem pior, se já está difícil para caminhar agora, imagina se chover?”, fala Tamila Cacho, de 22 anos.

E não é só quem coloca os pés que corre o risco de sair com os dedos vermelhos, a terra e a poeira chega aos estabelecimentos comerciais, que nem imaginariam que este tipo de inconveniente pudesse estar por ali.

E o medo é de que se chover, o que é terra vai virar barro. (Foto: João Garrigó)
E o medo é de que se chover, o que é terra vai virar barro. (Foto: João Garrigó)

Na loja em que Suzi Melo de Jesus, de 26 anos, é gerente, já é de praxe. Na entrada do local, junto ao tapete está um paninho para passar os sapatos.

“Todo mundo reclama e suja mesmo, dali o paninho não sai. O tapete a gente tem limpado mais vezes também”, diz.

“Se chover, vixe, aí vem barro por aí e ninguém segura”, completa a gerente.

Canteiro - A largura da avenida vai permanecer como está, apenas será recapeada. Os canteiros ficarão mais urbanizados e iluminados. Com o recapeamento, as 295 vagas de estacionamento em 45 graus estão sendo eliminadas e o restante do canteiro, sendo transformado em área verde, nos mesmos moldes do que já foi feito no trecho em frente à Prefeitura de Campo Grande.

Revitalização - O valor da obra de revitalização da avenida é de R$ 6,9 milhões e o prazo de conclusão é de 90 dias, O governo do Estado vai realizar o recapeamento de toda sua extensão com 7,8 quilômetros cada pista. Os serviços na Afonso Pena fazem parte de um projeto em comum entre a Prefeitura e o Governo do Estado.

Afonso Pena - A Afonso Pena foi projetada em formato de rua na década de 1910. Em 18 de janeiro de 1916, por iniciativa do vereador Francisco Vidal, a avenida Marechal Hermes passa a se chamar Afonso Pena, uma homenagem ao presidente que aprovou o traçado da ferrovia de Campo Grande.

Considerada a coluna vertebral que sustenta o corpo da cidade, a Afonso Pena é cortada por diversas ruas que acessam diferentes regiões do perímetro central e pontos para onde a Capital expandiu. Quem passa pela avenida larga de árvores centenárias e de ipês conhece também marcos da história como o obelisco na rua José Antônio e o relógio na esquina com a Avenida Calógeras.

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