Capacete com marcas de tiros e sangue expõe brutalidade de execução de jovem
Gustavo Fernandes levou 12 tiros e ainda chutes na cabeça mesmo depois de morto
Mesmo depois de ser atingido por pelo menos 12 tiros, na noite desta terça-feira (16), o motociclista Gustavo Fernandes Ribeiro, de 30 anos, ainda foi alvo de chutes na cabeça, segundo relato de moradores do Jardim São Conrado, em Campo Grande. Nesta manhã, o capacete que a vítima usava foi encontrado no local, com marcas de tiro e sangue. A frieza dos assassinos chocou quem vive na região, descrita como escura, erma e cercada por matagal.
RESUMO
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Um motociclista de 30 anos, Gustavo Fernandes Ribeiro, foi assassinado com pelo menos 12 tiros e ainda chutado na cabeça no Jardim São Conrado, em Campo Grande. Moradores relataram a frieza dos criminosos, que atacaram a vítima em uma região escura e isolada. O capacete de Gustavo, encontrado com marcas de tiro e sangue, foi jogado no mato por um motoqueiro no dia seguinte. A polícia recolheu 11 estojos de munição calibre 9 mm e um celular da vítima, mas ainda não identificou os suspeitos. Gustavo tinha passagem por crimes como adulteração de veículo e tráfico de drogas, mas não se sabe se a morte está relacionada a esses antecedentes. O caso chocou a comunidade, que vive em alerta devido à violência local.
A reportagem do Campo Grande News esteve no local do homicídio e conversou com vizinhos. Uma mulher de 61 anos, que mora próximo à Rua Praia Grande, contou que ouviu apenas “um estralo bem forte” no início da noite. Natural do Acre, ela vive em Campo Grande há três anos e está no bairro há oito meses. Abalada, disse que o crime trouxe medo. “A gente fica mais atento, a sair fora do horário e andar por aí”, relatou.
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Uma dona de casa de 38 anos foi ainda mais direta ao descrever o cenário. “Vão vir matar aqui mesmo, porque aqui é ermo, ninguém cuida. Muito escuro, um breu. O pessoal rouba a casa da gente e se esconde no mato”, afirmou.
Ela contou que viu Gustavo momentos antes do ataque. “Ele estava parado debaixo da árvore, parecia que era entregador. Ficou um tempão parado. Os caras vieram da outra rua e emparelharam com ele. Depois de atirar, ainda deram duas pesadas na cabeça dele, que já estava morto”, disse. Para a moradora, “o pessoal foi frio demais”.
Hoje, manhã seguinte ao crime, um motoqueiro que passou pelo local encontrou o capacete da vítima e o jogou no mato próximo. A reportagem localizou o capacete, que apresentava marcas de tiro e sangue. A polícia também esteve no local esta manhã, mas não falou com a imprensa.
O crime - Gustavo Fernandes foi atingido por pelo menos 12 tiros de pistola calibre 9 milímetros enquanto trafegava de motocicleta pelo Jardim São Conrado. Ele foi surpreendido por outra moto, ocupada por dois homens. O passageiro se aproximou e abriu fogo, atingindo a vítima no braço direito e esquerdo, cabeça, rosto e costas.
O socorro foi acionado, mas Gustavo não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Durante os levantamentos, a polícia encontrou 11 estojos deflagrados de munição calibre 9 mm e uma munição intacta do mesmo calibre, todos recolhidos pela perícia.
Além das cápsulas, um aparelho celular que estava com a vítima foi apreendido para perícia. Imagens de uma câmera de segurança também foram recolhidas, mas até o momento não foi possível identificar a placa da motocicleta usada pelos autores. A Polícia Militar informou que, até agora, não há características dos suspeitos.
Consta no nome de Gustavo uma passagem por adulteração de sinal identificador de veículo automotor. Ele foi flagrado, em setembro do ano passado, conduzindo um caminhão furtado e tentou fugir da abordagem. Na ocasião, disse que foi contratado por um homem conhecido como “Dente” para levar o veículo de Dourados a Campo Grande.
Também há registros por desobediência, tráfico e posse de drogas, ameaça e receptação. Ainda não há informações se a morte tem ligação com essas ocorrências.
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