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Capital

Capital registra aumento de 14,5% no número de furtos em dois anos

Filipe Prado | 25/05/2015 16:34
A casa de Kemila foi furtada, tendo um prejuízo de R$ 7 mil (Foto: Kemila Cellin)
A casa de Kemila foi furtada, tendo um prejuízo de R$ 7 mil (Foto: Kemila Cellin)

O número de furtos em Campo Grande tem crescido consideravelmente nos últimos três anos, em comparação com o mesmo período. A legislação branda, o aumento de usuários de drogas e a falta de efetivo da policia são alguns pontos que ajudam no crescimento da violência da Capital. Em dois anos, houve crescimento de 14,5%, segundo dados do Governo estadual.

Nos quatro primeiros meses de 2015, a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) registrou 5.201 casos de furtos na Capital, sendo que no mesmo período do ano passado foram 5.025 registros, um aumento de 3,5%. Mas em 2013 o número era bem menor, apenas 4.541 casos, registrando um crescimento de 14,5%, comparado com este ano.

A jornalista Kemila Cellin, 24 anos, mora há oito anos na Capital e há um no Jardim Itamaracá. Neste curto período que está no bairro, ela registrou pelo menos três tentativas de furtos em sua residência, sendo que em abril os ladrões conseguiram invadir a casa e dar um prejuízo de R$ 7 mil.

“Até agora não fizeram nada. Registrei, mas nada aconteceu”, assegurou a jornalista. Ela contou que na primeira vez, quando conseguiram entrar na casa, levaram seu material de trabalho e joias. “Eles entraram pela janela do banheiro”.

A vítima suspeita que moradores da região sejam os responsáveis pelos furtos. “Acredito que eles ficam cuidando, por que é sempre quando saímos de casa. Uma vez fiquei somente duas horas fora, quando tentaram entrar”, relatou Kemila.

Além de casas, a polícia tem registrado uma onda de furtos a veículos, em vários bairros de Campo Grande. Nas últimas semanas mais de 15 carros tiveram os vidros traseiros quebrados e vários itens levados, sempre no mesmo “modus operandi”.

Na noite do dia 12, quatro carros tiveram os itens furtados, a mesma quantidade foi registrada no dia 14. Até o momento a maior onda de furtos a veículos foi na última quarta-feira (20), onde sete carros estacionados em vias públicas, em menos de quatro horas, tiveram itens de seu interior levados.

“Eu acho que Campo Grande está mais violenta e mais impune”, comentou Kemila. Ela apontou que a maioria dos crimes está sendo cometido por menores infratores, que não são presos.

Para o delegado titular da DERF (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos), Luiz Alberto Ojeda, o aumento da criminalidade tem vários causas, como a legislação mais branda. “A polícia não consegue manter os preso encarcerados. A Lei 2.406 de 2012 coloca a prisão como exceção a regra, sempre em último caso, o que gera a sensação de impunidade”, comentou.

O delegado constatou que a maioria dos detidos pela polícia são reincidentes, o que reforça a hipótese de uma lei mais branda. Ainda analisou que as causas do aumento da criminalidade podem abranger desde a economia até o vício em drogas. “Tudo é interligado, um fator puxa o outro”.

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