Casal preso por torturar criança de 3 anos morava junto havia apenas um mês
Mãe e padrasto foram presos acusados de torturarem menina
O casal preso acusado de torturar criança de 3 anos morava junto havia cerca de um mês em chácara localizada na MS-140, em Campo Grande, saída para Rochedo.
A mãe, de 21 anos, disse à polícia que a menina apanhou do padrasto, de 19, neste período pelo menos cinco vezes. A primeira delas ocorreu por ter quebrado um copo. A última foi ter quebrado plantas na horta.
A Polícia Civil vai aguardar a criança receber alta para ouvi-la com apoio de psicólogos. A menina passou por cirurgia e está em recuperação na Santa Casa.
Segundo a Santa Casa, a criança deu entrada no hospital às 1h15 de terça-feira (21), levada pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e encaminhada pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Leblon. Acompanhada da mãe, a menina estava sem calcinha e apresentava ferimentos no corpo e escoriações no rosto.
Em um primeiro momento, a mãe da criança contou que a filha sofreu uma queda do berço no domingo e, desde então, estava reclamando de dor na perna. O médico que atendeu a vítima na UPA desconfiou da história e acionou o Conselho Tutelar.
Uma equipe da Polícia Civil foi até a Santa Casa e, no local, a mãe da menina acabou confessando que agredia a filha junto com o marido. A criança era espancada com fio elétrico, cintos e sofreu queimaduras em uma das torturas.
No hospital, a criança passou por exame ginecológico e não apresentou nenhum sinal de abuso sexual. Ela estava com fratura exposta na perna esquerda e passou por cirurgia. O rapaz estava foragido da Justiça e tem passagens policiais por roubo, furto e violência doméstica.
A mãe e o padrasto foram presos em flagrante na terça-feira (21) durante o plantão da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, no Bairro Tiradentes.
O caso está sendo investigado pela DEPCA (Delegacia Especialidade de Proteção à Criança e ao Adolescente). O casal foi enquadrado por crime de tortura, com pena de até oito anos de reclusão, e pode se ampliada, em até um terço, por se tratar de criança. Também vai responder por concurso de pessoas, nome do instituto que pune quem colabora para um crime.
O rapaz foi levado para a carceragem do Cepol e a mãe para a 2ª Delegacia de Polícia Civil, no Bairro Monte Castelo.