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Capital

Casas fechadas há vários anos juntam sujeira e preocupam vizinhos

Flávia Lima | 11/02/2016 07:54
Principal casa do terreno está fechada, mas é possível observar a sujeira dentro do imóvel. (Foto:Fernando Antunes)
Principal casa do terreno está fechada, mas é possível observar a sujeira dentro do imóvel. (Foto:Fernando Antunes)

Três casas localizadas dentro de um único terreno, na Rua General Osório, no Bairro Amambaí, estão preocupando vizinhos devido à situação de abandono do local. A principal preocupação é que o acúmulo de mato e lixo estaria atraindo o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

De acordo com a dona de casa Cleuza Costa, que mora ao lado, os imóveis foram construídos na década de 1960 e sempre foram alugados para famílias, porém, a maior casa do terreno foi ocupada, pela última vez, há pelo menos sete anos para um escritório do setor de frigoríficos.

As residências que ficam nos fundos do terreno também permanecem fechadas desde então. Segundo Cleuza, ao longo dos anos os imóveis chegaram a ser invadidos por moradores de rua, tanto que um dos responsáveis da família do proprietário, que ela não teve contato, chegou a colocar um cadeado no portão.

Como a sujeira já tomava conta de quase todo o terreno, Cleuza entrou em contato com a prefeitura entre os meses de novembro e janeiro, solicitando a presença da Vigilância Sanitária. "Foi a maior dificuldade porque eles passam de um número para o outro", ressalta.

A dona de casa conta que funcionários da prefeitura estiveram no local e notificaram o proprietário que, segundo ela, não mora na Capital.

Em janeiro, ela diz que algumas pessoas estiveram nos imóveis e realizaram uma limpeza, mas com as chuvas de janeiro, o mato voltou a crescer. "Tiraram uma caçamba lotada de entulhos. Tinha até colchão, mas agora já está tudo sujo de novo", afirma.

De fato, o corredor que dá acesso aos fundos da casa está tomado pelo mato e quase impossível observar as casas na parte de trás do terreno.

"Minha preocupação é que minha mãe tem 99 anos e tem a saúde frágil. Se ela contrair dengue, não sei se resiste", reclama.

Cleuza conta que ela mesma já teve a doença duas vezes ano passado e na semana passada a neta estava com o zika vírus. "Só peço uma providência, até porque acredito que não precisamos esperar uma epidemia para manter nossos quintais limpos", diz.

Em nota, a assessoria da Prefeitura disse que os moradores que se sentirem incomodados com a situação de abandono das casas, pode entrar em contato pelo telefone 156 ou na Ouvidoria Municipal – (67) 3314 4639. Em qualquer um desses números será fornecido um protocolo e com ele o reclamante pode acompanhar o encaminhamento do processo.

Quando uma pessoa é notificada sobre a situação de seu terreno, ela tem o prazo de 15 dias para se adequar, caso contrário está sujeito à multa.

Corredor que fica na lateral do terreno também está tomado por mato. (Foto:Fernando Antunes)
Corredor que fica na lateral do terreno também está tomado por mato. (Foto:Fernando Antunes)
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