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Capital

Casas populares são vendidas horas após serem entregues pelo governo

Thiago de Souza | 22/12/2015 19:22
Casa popular "nova" é oferecida a R$ 10 mil no Portal Caiobá. (Foto: reprodução Facebook)
Casa popular "nova" é oferecida a R$ 10 mil no Portal Caiobá. (Foto: reprodução Facebook)

Moradores denunciam o comércio de casas populares do Programa Minha Casa Minha Vida, no Portal Caiobá, em Campo Grande, horas após  a entrega das chaves dos imóveis pelo poder público. As unidades habitacionais são oferecidas pela internet, principalmente nas redes sociais em grupos de compras, vendas e trocas, com preços de R$ 10 mil a R$ 13 mil. Somente hoje na Capital foram entregues 810 casas no Residencial Celina Jallad, com investimentos dos governos Municipal, Estadual e Federal.

Nos posts as casas são descritas como “novas” e tem a foto semelhante às moradias do Residencial Celina Jallad. Não é possível determinar se a casa em questão é recém entregue, ou se pertence a uma fase anterior do programa em Campo Grande entregue esse ano.

Em uma postagem o vendedor "aceita moto" como forma de pagamento. Alguns internautas demonstraram indignação com a venda de imóveis populares. "Falta de vergonha na cara, até no Face eles publicam", dizia uma publicação. Outro post sugeria que o Campo Grande News fizesse reportagem a respeito.

Segundo a Caixa Econômica Federal, os imóveis pertencentes a Faixa I do programa Minha Casa Minha Vida, cujos beneficiários tem até R$ 1,6 mil de renda mensal, não podem comercializar as casas antes do término do prazo de financiamento que é de dez anos.

O gerente regional da Caixa Econômica Federal em Mato Grosso do Sul, Ubiratan Chaves, explicou que, se o banco comprovar a denúncia de venda irregular, pode pedir a reintegração de posse do imóvel por quebra de contrato e repassar a outra pessoa que aguarda na fila das agências municipal ou estadual de habitação. Consequentemente o comprador é retirado e o vendedor fica impedido de participar de qualquer outro programa governamental de habitação. Chaves disse ainda que a Caixa já entrou com vários pedidos de reintegração de posse e já venceu várias delas. 

 

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