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Capital

Cem vidas já se perderam este ano no trânsito de Campo Grande

Paula Maciulevicius | 25/10/2012 10:17
Ruas de Campo Grande já fez 100 vítimas de janeiro até agora. Maioria delas foram motociclistas. (Foto: Minamar Júnior)
Ruas de Campo Grande já fez 100 vítimas de janeiro até agora. Maioria delas foram motociclistas. (Foto: Minamar Júnior)

Alta velocidade, imprudência, pressa, desrespeito às leis de trânsito, ao próximo e a si mesmo. De janeiro até ontem, o reflexo dessas atitudes dos motoristas em Campo Grande virou uma estatística nada agradável, já se chegou à centésima vítima das ruas e avenidas na Capital.

Djalma Barbosa pilotava uma moto Honda CG Titan preta, quando morreu na noite do último dia 23, há dois dias. O Placar da Vida não deixa mentir, Campo Grande está há 48h sem acidentes que resultaram em morte.

O motociclista bateu em um Kia Sportage na BR-262, ainda no perímetro urbano, em frente ao posto Locatelli, quando o veículo saía do posto. A violência da colisão foi tamanha que o motociclista foi arremessado sobre o parabrisa e foi parar dois metros depois. O parabrisa ‘estourou’ com o impacto.

Djalma não só foi a última morte no trânsito como um dos 65 motociclistas que já perderam a vida em acidentes neste ano. Os números, mesmo ainda expressivos, são menores do que em relação ao mesmo período do ano passado. O GGTI (Gabinete de Gestão Integrada no Trânsito) aponta redução de 10,7% entre janeiro e outubro de 2011. Não é motivo para comemorar e nunca vai ser, mas o trabalho das autoridades e a conscientização dos condutores superou a meta anual de 6%, de dentro do projeto.

Segundo a chefe de Educação de Trânsito da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), Ivanise Rotta, os dados reforçam que o trabalho desenvolvido está no caminho certo. “A partir do momento que informa a população diariamente de que às vezes com pequenos cuidados, as pessoas podem ajudar a aumentar essa redução, isso vai fazer com que esse número cresça cada vez mais”, ressalta.

Avaliando a redução entre um ano e outro, houve também diminuição de 8,4% na morte de motociclistas. De ciclistas e pedestres, Campo Grande já perdeu 27 vidas.

Cada acidente é registrado, analisado e comparado. Na capital sul-mato-grossense, a velocidade ainda é a vilã nas ruas. A explicação da Agetran é que a quilometragem por hora percorrida pelos condutores não é comportada pela estrutura das vias e avenidas, que na maioria estabelecem a velocidade máxima de 60 km/h.

“Eles não sentem que colocam a vida em risco porque nossas vias são planas, largas. Porque não tem congestionamento na frente, ele não pensa que pode atravessar um cachorro, uma moto, uma bicicleta. Se ele tiver a 60 km/h, dá tempo de frear”, explica.

Para a redução do número de acidentes, ainda a conscientização é o limite que pode frear e evitar vítimas. “O motorista não está sozinho no trânsito, por mais livre que pareça, o caminho não está completamente livre, existem outros atores no trânsito”, finaliza Ivanise.

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