Dólar cai e bolsa sobe após BC atender demanda de empresas por liquidez
Moeda fecha a R$ 5,53 e Ibovespa retoma 160 mil pontos após leilão e inflação menor
Após sete altas consecutivas, o dólar caiu 0,95% e fechou a R$ 5,531 nesta terça-feira (23), após intervenção do BC (Banco Central), em Brasília. A moeda recuou depois de leilão de linha com venda de dólares das reservas. No mesmo dia, a bolsa subiu 1,46% e retomou o patamar dos 160 mil pontos.
RESUMO
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O dólar encerrou em queda de 0,95%, cotado a R$ 5,531, após sete altas consecutivas. A reversão ocorreu depois que o Banco Central realizou leilão de linha com venda de US$ 500 milhões das reservas, atendendo à demanda de empresas que enviam recursos ao exterior no fim do ano. No mesmo dia, o Ibovespa subiu 1,46%, alcançando 160.486 pontos, impulsionado pela divulgação do IPCA-15, que registrou alta de 0,25% em dezembro e acumulou 4,41% em 2025, dentro da meta estabelecida. No cenário externo, o PIB norte-americano cresceu 4,3% no terceiro trimestre.
O dólar comercial abriu o dia estável e passou a cair a partir das 11h30, após a atuação do Banco Central no mercado de câmbio. A autoridade monetária ofertou US$ 2 bilhões e vendeu US$ 500 milhões para ampliar a liquidez. A medida atendeu à demanda de empresas que enviam lucros e dividendos ao exterior no fim do ano.
Mesmo com a queda desta terça-feira, o dólar acumula alta de 3,69% em dezembro. No acumulado de 2025, a moeda registra recuo de 10,5%. O movimento refletiu fatores internos e externos ao longo do ano.
O mercado de ações reagiu com força e registrou o melhor desempenho em oito dias. O Ibovespa, principal índice da B3, fechou aos 160.486 pontos. O avanço ocorreu após sequência de quedas recentes.
A divulgação da prévia da inflação oficial ajudou a sustentar o desempenho da bolsa. O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) subiu 0,25% em dezembro e fechou 2025 com inflação acumulada de 4,41%. O resultado ficou abaixo das projeções do mercado e dentro da meta.
O grupo Transportes registrou a maior alta do mês e exerceu o principal impacto sobre o índice. Já os preços de Artigos de Residência voltaram a cair em dezembro. O recuo ajudou a conter uma pressão maior sobre a inflação.
No cenário externo, indicadores econômicos dos Estados Unidos também influenciaram o mercado. O PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano cresceu 4,3% no terceiro trimestre, acima das expectativas. Dados de produção industrial e confiança do consumidor indicaram perda de fôlego recente.


