Cena é de devastação em área atingida por fogo no Monte Castelo
Bombeiros gastaram cerca de 2 mil litros de água para apagar as chamas em uma área no Monte Castelo
O cenário é de devastação no terreno que na noite da última sexta-feira (28) foi tomado por um incêndio de grande proporção, na Avenida Júlia Maksoud, no Bairro Monte Castelo, região norte de Campo Grande. De acordo com o Corpo de Bombeiros as chamas só foram controladas depois de duas horas de trabalho, por volta das 22h.
Seis militares utilizaram abafadores e dois mil litros de água para conter as chamas. Não se sabe quanto de área foi devastada durante o incêndio. As chamas altas chegaram até o muro do Residencial Palmares, que fica ao lado do terreno e assustaram os moradores.
A funcionária pública, Gorethy Leite, de 61 anos mora há 15 anos no condomínio que foi atingido pelas chamas, ela conta que o problema é recorrente e que todo ano, durante o período de tempo seco, os moradores são obrigados a conviverem com o contratempo.
"Toda vida teve esse terreno e todo ano tem essas queimadas, Não sabemos de quem é, se é da prefeitura, se é particular e o povo não limpam não toma uma providência. Dormimos muito mal essa noite por conta desse cheiro de fumaça, minha mãe tem 89 anos, sofre de problema respiratório e está todo mundo entupido hoje, com nariz escorrendo. Queríamos saber quem é o dono disso aí", revela indignada.
Durante o incêndio, alguns condôminos chegaram a jogar água para resfriar o muro. Ficar dentro das casas era quase impossível, segundo o funcionário público Júlio Balbueno, de 46 anos, um dos moradores do residencial.
“Os moradores ficaram bastante assustados com as chamas porque a gente não sabia se era criminoso ou acidental. Sem falar que não dava pra ficar dentro de casa por conta da fumaça” comenta o funcionário público.
O enfermeiro Edson de Lima, de 49 anos disse que o cenário feito de cinzas se repete com frequência e que o caos só existe, devido a irresponsabilidade da própria população.
"Eu acho que as pessoas deveriam ter consciência, tem muitas casas dos condôminos do lado essa fumaça é perigosa para a saúde das pessoas, ainda mais nessa pandemia. Se a pessoa tem asma, ao inalar ela desenvolve uma insuficiência respiratória. As vezes por achar que o fogo resolve o problema do mato eles fazem isso é prejudica quem mora perto", acredita.
Neste sábado (29) o terreno de grande extensão está coberto de cinzas. Devido ao clima abafado e a vegetação seca do local, chamas muito altas se formaram no local e se alastraram rapidamente e atingiram até árvores.