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Capital

Centro do problema em agendamento de consultar por telefone é “técnico”

Vinícius Squinelo e Bruno Chaves | 21/10/2013 18:33

A polêmica envolvendo o sistema Gisa (Gerenciamento de Informações em Saúde), que tem como objetivo agendamento de consultas por telefone na rede pública de Campo Grande, tem como origem um problema técnico, referente ao código fonte do programa. Pelo menos esta é a conclusão dos parlamentares da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde, na Assembleia Legislativa.

Segundo depoimentos colhidos em oitiva da CPI realizada na tarde de hoje (21), o consórcio Telemídia e Technology International, que ganhou R$ 9,8 milhões da administração pública e não entregou o programa em funcionamento, um problema contratual “travou” o sistema.

“O grande problema é que a Prefeitura de Campo Grande pegou quase R$ 10 milhões e contratou a Telemídia, que falou que daria o código fonte, mas a Telemídia contratou a Alert, com anuência da prefeitura e do Ministério Público, e a Alert não forneceu o código fonte, o que parou tudo”, afirmou o deputado estadual Amarildo Cruz (PT), presidente da CPI da Saúde.

As informações de Amarildo foram repassadas após representante da Telemídia hoje. “Só achei muito estranho o Ministério da Saúde não acompanhar esse processo, já que arcou com 90% da verba investida”, afirmou.

A CPI vai ganhar – nas palavras do petista – um relatório especial a respeito do sistema Gisa, e ainda vai pedir ao MPE (Ministério Público Estadual) e MPF (Ministério Público Federal) que continuem as investigações e, caso necessário, determinem a devolução da verba pública.

Na época – Secretário Municipal de Saúde na época da contratação da Telemídia, o atual deputado federal Luiz Henrique Mandetta (Pros), afirmou que o consórcio foi escolhido justamente por já ter programa de agendamento de consultas por telefone em outras localidades.

Ainda segundo Mandetta, a Alert é referência mundial de prontuários eletrônicos, o que embasou a entrada no consórcio.

Em 2008, quando era secretário municipal de Saúde, Mandetta contratou o Consórcio Telemídia para instalar o sistema. Na época, a proposta ganhou o status de “referência nacional” por permitir a integração dos cadastros na rede de saúde pública. Passados cinco anos e investimento de R$ 9,8 milhões, o programa ainda não funciona em sua totalidade.

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