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Capital

Chuva castiga bairros e moradores precisam viver com o improviso

Alan Diógenes | 21/02/2015 09:00
Ruas no Santa Emília viraram "lagoas" e ninguém consegue transitar. (Foto: Alcides Neto)
Ruas no Santa Emília viraram "lagoas" e ninguém consegue transitar. (Foto: Alcides Neto)
Para sair de casa, estudante leva pano para limpar os pés cheio de lama. (Foto: Alcides Neto)
Para sair de casa, estudante leva pano para limpar os pés cheio de lama. (Foto: Alcides Neto)
Laércio lava o carro três na semana por causa do lamaçal. (Foto: Alcides Neto)
Laércio lava o carro três na semana por causa do lamaçal. (Foto: Alcides Neto)

A chuva que não dá trégua para Campo Grande desde o início de janeiro, continua causando transtornos à população que tem que enfrentar ruas tomadas pela lama e por buracos. Vários bairros sofrem com a situção, mas os mais prejudicados são o Santa Emília e Seminário, na avenida Tamandaré, próximo ao Cemitério Jardim das Palmeiras.

No Santa Emília, por exemplo, é possível encontrar “lagoas” que dificultam a passagem de veículos. Materiais de construção descarregados quase no meio das vias contribuem para o problema.

O vendedor Laércio Magno Martins, 30 anos, não consegue entrar ou sair de sua própria casa por causa do lamaçal. Ele conta que deixou de convidar amigos para conhecer o bairro devido às ruas intransitáveis. “Não dá pra chamar ninguém até mesmo por que tenho vergonha da onde moro”, comentou.

Laércio reclama também dos prejuízos que tem com o veículo. “Sempre tenho que ficar arrumando a suspensão. Sem falar que tenho que lavar de três em três dias. Para entrar em casa é preciso dar a volta por outra rua”, destacou.

O estudante Luiz Gabriel Monggló, 14 anos, falou que a dificuldade mesmo é chegar até a escola. “Tenho que colocar sacolinhas de supermercado no pé e um levar um pano para limpar, se não chego na escola todo sujo. Tenho que dá muita volta para chegar à escola e as vezes fico muito cansado. Olha só a praia que tem na frente de casa”, mencionou.

Campo-grandense ainda sofre com transtornos causados pela chuva. (Foto: Alcides Neto)
Campo-grandense ainda sofre com transtornos causados pela chuva. (Foto: Alcides Neto)

Outro problema comum no bairro é a quantidade de materiais de construção que ficam espalhados no meio das vias. Questionado a respeito do fato, um dos pedreiros que estava em uma das obras, Joíson Ferreira, 32 anos, disse que não existe lugar para descarregar. “Não dá para saber nem o que é rua mais por aqui, por isso o pessoal descarrega em qualquer lugar”, explicou.

Na Avenida Tamandaré, em frente ao cemitério Jardim das Palmeiras, uma das pistas está interditada há cinco meses para obras no asfalto. Por isso, com as chuvas a única faixa liberada já ficou tomada pela lama e buracos.

Os condutores transitam de forma lenta na região. “Quatro carros caíram dentro dos buracos e ficam atolados no mesmo dia. Não tem condições de passar por aqui não”, apontou a comerciante Lucélia de Jesus, 33 anos.

O vendedor Dico Leonel, 72 anos, também contou que já presenciou acidentes semelhantes, só que mais graves. “O perigo maior é para os motociclistas. Esses dias um rapaz quebrou a clavícula, após uma queda. Com a chuva a situação piora ainda mais”, finalizou.

Entramos em contato com a prefeitura na noite de quinta-feira (19) para saber que medidas serão tomadas quanto aos problemas, mas não tivemos retorno até a publicação desta matéria.

Avenida Tamandaré tem uma das faixas interditada e lama toma conta do local. (Foto: Alcides Neto)
Avenida Tamandaré tem uma das faixas interditada e lama toma conta do local. (Foto: Alcides Neto)
Dico disse que acidentes são comuns na região. (Foto: Alcides Neto)
Dico disse que acidentes são comuns na região. (Foto: Alcides Neto)
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