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Capital

Ciclovia ajuda, dá sensação de segurança, mas é preciso atenção

Michel Faustino | 26/04/2015 09:23
Ciclovia agrada usuários, mas é preciso cuidado. (Foto: Fernando Antunes)
Ciclovia agrada usuários, mas é preciso cuidado. (Foto: Fernando Antunes)

Campo Grande é considerada a quarta capital do Brasil que oferece mais vias em relação ao total da população, ao todo são 10,8 km para cada 100 mil habitantes, ou seja, cerca de 90 quilômetros. Porém, mesmo com tal "comodidade" é preciso muita atenção ao rodar pela cidade, até mesmo nas vias exclusivas.

Dados do GGTI (Gabinete de Gestão Integrado de Trânsito) revelam que, do início do ano até agora, foram registrados ao menos 14 acidentes graves envolvendo ciclistas, sendo um com morte.

O que preocupa é que grande parte destes acidentes ocorrem em nas transposições das vias exclusivas, motivados, em parte, pela falta de atenção dos condutores.

Na semana passada, por exemplo, um ciclista de 43 anos foi atropelado em plena Avenida Afonso Pena, no cruzamento com a Rua Espírito Santo. Ele seguia pela ciclovia e acabou colidindo com um veículo que fazia a conversão.

Para o marceneiro Joaquim Francisco Oliveira, 38 anos, a ciclovia dá "uma falsa sensação de segurança", que leva os ciclistas a se distraírem.

"Como a gente fica isolado, a gente vai indo e as vezes não presta muita atenção. Mas, é ai que mora o perigo. Quando a gente chega nos cruzamentos temos que olhar pra todos os lados porque os carros muitas vezes não param. E se você não prestar atenção acontece mesmo", diz.

O marceneiro diz que possui carro, mas há seis optou pela bicicleta para fazer o trajeto de casa, no bairro Tiradentes, na saída para Três Lagoas, até a obra onde está trabalhando na Afonso Pena, segundo ele são cerca de 18 quilômetros de pedalada, ida e volta. Oliveira conta que neste período já quase se envolveu em dois acidentes, mas "o risco vale a pena".

"Eu sempre andei de bicicleta, mas ai comprei um carro e parei de usar.Agora com a gasolina nas alturas voltei a andar. Eu acho que compensa porque que é rapidinho pra chegar e é só ter cuidado", completou.

Já o empresário Marcos Noronha, 32 anos, utiliza a bicicleta para o lazer. Ele reconhece que é preciso ter cuidado ao transitar nas ruas da Capital.

"Eu ando por esporte, por isso eu acho que ando com mais cuidado. Porque não tenho pressa de chegar ao trabalho, por exemplo", disse.

Marcos diz que quando adquiriu a bicicleta "rodou" cerca de dois meses sem nenhum equipamento de segurança, e após uma queda resolveu se equipar.

"Eu acho muito importante investir nesses equipamentos. Eu caí pela primeira vez logo que comprei a bike e me ralei tudo. Ai tive que ir comprando as coisas. Capacete, joelheira, cotoveleira e alguns equipamentos de sinalização. Vale a pena gastar um pouquinho, segurança acima de tudo", finalizou.

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