Com 3 nomes, traficante é "dono" de carga de explosivos
Material foi apreendido em Campo Grande em ação da Denar nesta terça-feira
Condenado por tráfico que cumpriu pena no estado de São Paulo e já fugiu de presídios foi apontado como o dono da carga recorde de explosivos apreendida em operação nesta terça-feira (15) em Campo Grande. Os 260 quilos de bananas de dinamite, suficientes até para derrubar prédios e explodir grande quantidade de caixas eletrônicos, eram de homem identificado como Mauro Ferreira da Silva, segundo Luana Souza Lopes, 24 anos, presa durante a ação.
Ela disse ser ex-esposa de Mauro e ter um filho com ele. O homem, ainda segundo o depoimento, tem várias “qualificações”, ou seja, nomes. É conhecido como “Bera” e como “Herrera”. Não ficou claro se ele está preso hoje ou não.
Todas essas declarações ainda vão ser investigadas.
Luana, que está grávida de 7 meses, disse à Polícia Civil que o material foi colocado na casa na qual viviam quando ela estava trabalhando, há mais de um ano. Disse já ter solicitado a Mauro que retirasse o material da casa do cunhado dela, o pintor Jeferson Oliveira dos Santos, de 26 anos, também foi preso em flagrante.
De acordo com ela, Jeferson apenas fez um favor depois que ficou sem emprego e teve de entregar a casa de aluguel. A mulher também negou ter recebido dinheiro para guardar os explosivos.
Jefferson, ao ser ouvido, também alegou já te solicitado, por telefone, a retirada das bananas de dinamite, que ficam debaixo da cama da casa dele, no Bairro Zé Pereira.
Todas essas alegações estão sendo investigadas pela Denar (Delegacia de Repressão ao Narcotráfico), que localizou os explosivos e prendeu a dupla, depois de receber denúncia de tráfico de drogas. Os celulares dos dois foram apreendidos e serão rastreados.
A carga de artefatos foi encaminhada para a perícia.Depois, será decidido o destino. Pela apuração policial, a dinamite foi roubada em 2016 de pedreira em Terenos, durante ação armada.
Luana e Jeferson passam por audiência de custódia nesta manhã, onde é avaliado se o flagrante seguiu os tramites legais e se a prisão será mantida.
A defesa já apresentou pedido para que respondam em liberdade pelo crime de posse irregular de artefato, previsto no Estatuto do Desarmamento.