Com 370 pessoas na fila após fechamento, Refis bate recorde de atendimentos
Jeitinho brasileiro e descobertas de última hora levam centenas a enfrentar horas de espera
Jeitinho brasileiro, falta de atenção e descobertas de última hora marcaram o último dia do Refis e lotaram a Central do Cidadão, nesta sexta-feira (12). Conforme a chefe da Divisão de Arrecadação da Sefaz (Secretaria de Fazenda), Djanira Magalhães, mesmo após o fim da distribuição de senhas, cerca de 370 pessoas ainda aguardavam atendimento.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
No último dia do Refis, a Central do Cidadão em Campo Grande registrou intensa movimentação, com mais de 370 pessoas aguardando atendimento mesmo após o encerramento da distribuição de senhas. Até as 16h, 1.232 contribuintes haviam sido atendidos, com expectativa de alc
De acordo com Djanira, até às 16h o Refis já havia atendido 1.232 pessoas. A expectativa era fechar o dia com cerca de 1,5 mil atendimentos, o maior volume desde o início da campanha. “Mais de 15 mil pessoas foram atendidas desde que começou o programa”, informou.
Entre elas está Márcio Alves Benitez, 52 anos, que retirou sua senha às 14h. Ele conta que só descobriu pela manhã que o prazo para aderir ao programa terminaria no fim da tarde. Para tentar garantir o desconto, buscou atendimento pelo site, mas não encontrou a opção de parcelamento.
“No site não dá opção de fracionar. Só aparece a possibilidade de parcelar toda a dívida. Aqui a gente consegue dividir por ano. Se disponibilizassem isso no site, talvez não teria essa grande demanda hoje”, comentou.
Neide Moreira, 73 anos, chegou no mesmo horário que Márcio, mas atribui a situação ao “jeitinho brasileiro” de deixar tudo para a última hora. Servidora municipal, ela ainda esperava o pagamento cair para resolver os débitos.
“Sabe aquela história do brasileiro que deixa tudo pra última hora? É isso. E eu ainda precisava esperar o pagamento da prefeitura. Agora vim pra parcelar, acertar tudo direitinho”, disse.
Determinada a aproveitar os descontos, afirmou que ficaria no local até ser atendida. “É uma oportunidade muito boa que a prefeitura oferece. A gente tem que aproveitar pra colocar tudo em dia e entrar em 2026 sem dívida ou IPTU.”
A contadora Ana Ferreira Espíndola, 64 anos, viveu uma peregrinação por descuido. Ela retirou a primeira senha às 8h30, mas perdeu a vez ao sair para tomar um chá. Mesmo com senha prioritária, achou que a espera estava longa e procurou a Ouvidoria; enquanto registrava a reclamação, perdeu a segunda chamada.
Quando conversou com a reportagem, segurava duas senhas: a terceira retirada e outra que ganhou de uma mulher que desistiu da espera. “Resumindo: fiquei aqui até agora e continuo esperando, cansada e com fome”, contou.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.




