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Capital

Com chegada de 3 presos, "cela da corrupção" supera a lotação máxima

Agora a cela 17, com capacidade para 24 internos, já tem 25, incluindo ex-governador André Puccinelli e o filho dele

Viviane Oliveira | 28/11/2018 10:26
Movimentação de polícias federais com documentos apreendidos na manhã de ontem na superintendência da Polícia Federal (Foto: Marina Pacheco)
Movimentação de polícias federais com documentos apreendidos na manhã de ontem na superintendência da Polícia Federal (Foto: Marina Pacheco)
Fachada do centro de Triagem que fica no complexo penitenciário do Jardim Noroeste (Foto: Arquivo / Campo Grande)
Fachada do centro de Triagem que fica no complexo penitenciário do Jardim Noroeste (Foto: Arquivo / Campo Grande)

Os empresários João Roberto Baird, Antônio Celso Cortez e o ex-secretário adjunto de Fazenda, André Luiz Cance, presos ontem por tempo indeterminado na Operação Computadores de Lama, 6ª fase da operação Lama Asfáltica, estão na "famosa" cela 17 do Centro de Triagem “Anízio Lima” localizado no complexo penitenciário do Jardim Noroeste, em Campo Grande.

Com a prisão de ontem (27), a cela com capacidade para 24 internos já tem 25. Lá, estão o ex-governador André Puccinelli, o filho dele, André Puccinelli Júnior (presos desde 20 de julho pela PF), o ex-deputado federal Edson Giroto e o empreiteiro João Amorim.

A Operação Lama Asfáltica já bloqueou R$ 530 milhões em bens dos investigados. Só nesta 6ª fase foram R$ 22 milhões sequestrados, segundo o delegado da PF (Polícia Federal), Cleo Mazzotti. A Lama Asfáltica teve sua primeira etapa deflagrada em julho de 2015 e investiga esquema milionário de desvio de recursos públicos na gestão do ex-governador.

As outras cinco etapas da operação investigaram a compra de fazendas com recursos desviados (Fazendas de Lama) e também aviões (Aviões de Lama). A PF também investigou o uso de empreiteiras (Máquinas de Lama) e ainda a compra de livros e contratação de serviços do Instituto Ícone (Papiros de Lama) para lavar dinheiro.

Operação -  Na operação de ontem, a Polícia Federal cumpriu 3 dos 4 mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão em Campo Grande, Jaraguari, Dourados e Paranhos. A força-tarefa também apreendeu documentos na casa de João Baird, no Edifício Monterosso, na rua Antônio Maria Coelho. Equipes estiveram ainda na casa de Cortez, no Bairro Vilas Boas e no TCE (Tribunal de Contas do Estado). Apelidado de Bill Gates Pantaneiro, Baird já foi preso outras duas vezes - a primeira na Operação CoffeeBreak e a segunda na Vostok.

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