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Capital

Com cidade cheia de “esqueletos” de prédios, prefeitura fará hospital do zero

O custo do Hospital Municipal de Campo Grande será de R$ 200 milhões

Por Aline dos Santos e Idaicy Solano | 18/09/2023 12:25
Prédio de hotel na Avenida Afonso Pena, no Centro de Campo Grande, segue fechado. (Foto: Paulo Francis)
Prédio de hotel na Avenida Afonso Pena, no Centro de Campo Grande, segue fechado. (Foto: Paulo Francis)

Apesar de Campo Grande estar cheia de “esqueletos” de edifícios que poderiam ser transformados para receber pacientes, a prefeitura anunciou na última quinta-feira (dia 14) que vai construir o Hospital Municipal, começando do zero. O custo será de R$ 200 milhões, por meio de uma PPP (Parceria Público-Privada), que não teve detalhes divulgados.

No Centro da Capital, a reportagem encontrou dois prédios de portas fechadas, os dois na Avenida Afonso Pena e do grupo El Kadri. O hotel, entre a Rua 14 de Julho e a Avenida Calógeras, está aparentemente pronto, mas fechado. O prédio tem 18 andares, 186 acomodações e histórico de se arrastar no tempo.

O empreendimento nasceu como Hotel e Restaurante Binder, projetado para ser o primeiro hotel cinco estrelas da cidade, mas foram 30 anos de obra parada. O El Kadri adquiriu o esqueleto do imóvel em 2009, após 18 anos de abandono.

Também no Centro, prédio desativado já foi hospital público e privado. (Foto: Idaicy Solano)
Também no Centro, prédio desativado já foi hospital público e privado. (Foto: Idaicy Solano)

Na Afonso Pena, perto da Rui Barbosa, também há prédio que já funcionou duas vezes como hospital: Cempe (Centro Municipal Pediátrico), quando foi arrendado pela prefeitura, e Sírio Libanês (atendimento particular e plano de saúde). Atualmente, o imóvel está desativado, sob os cuidados de um vigilante.

No Bairro São Francisco, um prédio de 13 andares permanece inacabado no cruzamento das ruas Rui Barbosa e Doutor Dolor Ferreira de Andrade. A construtora abandonou a obra e, no ano de 2015, após uma década, a construção foi incorporada ao grupo El Kadri.

O Campo Grande News questionou a prefeitura se cogitou utilizar prédio já existente para receber o Hospital Municipal e detalhes de como será a parceria com a iniciativa privada, especificando a origem do dinheiro que financiará as obras, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.

Esqueleto de prédio no Bairro São Francisco, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)
Esqueleto de prédio no Bairro São Francisco, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)

Por meio da assessoria de imprensa, Mafuci Kadri, presidente do Hospital Geral El Kadri, afirmou que não houve procura da prefeitura, até o momento,  pelos imóveis. Quanto ao hotel, ainda não há previsão de abertura.

O poder público pode incorporar imóveis privados, a exemplo do antigo Clube Surian, na Avenida Mato Grosso, que foi adquirido mediante perdão de dívida de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), no valor de R$ 1,5 milhão. Conforme mostrado pelo Campo Grande News no mês passado, o local segue sem destinação.

Hospital Municipal - O novo complexo vai ter 25 salas de diagnóstico e 250 leitos para atender as unidades de urgência e emergência da Capital, 10 salas de centro cirúrgico e uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A expectativa é atender 1.500 pacientes por dia.

A estrutura também irá comportar exames laboratoriais, cateterismo, biópsias, ressonâncias, colonoscopia, endoscopia e especialistas em cardiologia, neurologia, oftalmologia, pneumologista.

Na semana passada, a prefeitura avaliava três locais para a construção do complexo. A expectativa é de que as obras sejam iniciadas em 2023,  com previsão de entrega em 12 meses.

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