Com déficit de enfermeiros, Hospital Regional quer contingenciar leitos

Alegando déficit no quadro de enfermeiros no Hospital Regional, em Campo Grande, o Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem) avalia a possibilidade de interdição no local. Diante da possibilidade de paralisação, o governo do Estado sugere o contingenciamento de leitos, o que significa reduzir o atendimento.

Nesta semana houve reunião entre o Coren-MS, Ministério Público Estadual, OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso do Sul) e SES (Secretaria de Estado de Saúde).

Coren-MS aponta que o rito de interdição teve início em novembro do ano passado, mas é contra o plano de contingenciamento. “Esse plano propõe o bloqueio de leitos desses setores, de forma a adequar o número de pacientes assistidos aos profissionais disponíveis”, explicou Lucyana Justino, presidente da Comissão de Interdição Ética dos Serviços de Enfermagem do HRMS.

Segundo ela, mesmo com o contingenciamento proposto em vigor, o quadro de profissionais ainda ficaria defasado de 100 técnicos de enfermagem e 50 enfermeiros. Conforme relatório de fiscalização, o deficit atual é de 291 enfermeiros e 197 técnicos.

Outra medida apresentada pelo hospital seria o retorno de cerca de 50 técnicos de enfermagem cedidos a outros órgãos, a cedência de dez técnicos de enfermagem da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), em regime de plantão, e a contratação de mais 20 enfermeiros através de processo simplificado.

A promotora de Justiça, Daniela Guiotti, solicitou durante a reunião a relação de todos os enfermeiros e técnicos que poderão retornar ao hospital e documentos que comprovem a abertura de processo simplificado para contratação.

O Campo Grande News procurou a SES, mas não obteve resposta até o momento.