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Capital

Com festa cancelada por internação, Yago faz 1 ano entre sustos e vitórias

Gerado no ventre de mulher com morte cerebral, bebê foi caso inédito em Mato Grosso do Sul

Aline dos Santos | 31/03/2018 09:26
Em dezembro, Yago estava em casa, no colo da avó Adriana. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Em dezembro, Yago estava em casa, no colo da avó Adriana. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Protagonista de uma trajetória peculiar, com enredo em que foi orfão de mãe e notícia antes de nascer, Yago Souza Sodré de Noronha, a quem também caberia o sobrenome guerreiro, completa um ano neste sábado. Ele está internado na Santa Casa de Campo Grande, onde passou a maior parte da ainda nascente história de vida.

A avó Adriana de Souza Ávalos, 45 anos, conta que o menino até tinha ganho uma festinha no próximo dia 3, mas a comemoração foi cancelada. O bebê teve que voltar ao hospital por causa de uma pneumonia, que fragilizou sua saúde e o fez perder peso.

De acordo com Adriana, o quadro clínico melhorou e a internação prossegue para aplicação de uma injeção. O tratamento é para a Síndrome de West, um tipo grave de epilepsia. E, por enquanto, o bebê guerreiro segue sem previsão de alta.

“Tudo para ele é mais complicado. Mas era esperado que tivesse probleminhas até adquirir imunidade. Ele também é cardíaco. Então, qualquer coisa que tenha, a gente corre com ele”, diz a avó.

A vida de Yago virou notícia em 2 de março de 2017. O feto sobrevivia no ventre da mãe Renata Souza Sodré, que teve morte cerebral. Inédito em Mato Grosso do Sul, ele se somava a uma estatística de 35 casos no mundo.

Com os risco explicados à família e acompanhado pela Comissão de Ética do hospital, começou a administração diária de medicamentos que garantia a sobrevivência do bebê. Yago nasceu às 11h de 31 de março do ano passado, com seis meses, 34 centímetros e um quilo. Com saúde frágil, foi quase um mês até poder ganhar o primeiro abraço do pai.

Entre sustos e esperança, o menino ganhou peso e no fim de agosto deixou a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Com 43,8 centímetros e 1,6 quilos, chegava a vez de encarar a vida longe da incubadora.

No mês de novembro, foi a vez de conhecer o mundo fora do hospital. O bebê teve alta e foi para a casa da família. Desde então, conforme as dificuldade de saúde, encara idas e vindas da Santa Casa.

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