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Capital

Com isolamento, mortes por acidentes atingem o menor número em 10 anos

Número de acidentados atendidos no pronto-socorro da Santa Casa caiu 15,8% em abril

Jones Mário | 30/04/2020 15:51
Frota de motocicletas em Campo Grande é de 133 mil, segundo dados do Detran-MS (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Frota de motocicletas em Campo Grande é de 133 mil, segundo dados do Detran-MS (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Nos primeiros 20 dias de março, anteriores ao período de deflagração de medidas restritivas à circulação de pessoas e atividades econômicas para enfrentar a pandemia de novo coronavírus, a área urbana de Campo Grande teve um acidente de trânsito a cada 46 minutos, média de 31 por dia. De 21 de março até a última segunda-feira (27), em meio a apelos por isolamento social, a Capital testemunhou um acidente a cada 1 hora e 48 minutos - 13 ocorrências diárias.

O primeiro quadrimestre de 2020, que termina hoje, promete ser o menos mortal no trânsito em dez anos. Até agora, foram registrados 19 óbitos em decorrência de acidentes nas ruas e avenidas da Capital - 9 a menos que em igual período do ano passado e menos da metade das 42 mortes identificadas em 2014, recorde da década para os primeiros quatro meses do ano.

(Infográfico: Ricardo Oliveira)
(Infográfico: Ricardo Oliveira)

Os números são de balanço do BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito), cujo comandante, tenente-coronel Franco Alan Amorim, aponta os reflexos positivos da queda.

“As viaturas ficam livres para fazer mais prevenção, pois atendem menos acidentes. A diminuição desse fluxo impacta na redução da violência e alivia os leitos hospitalares. Mais de 70% dos atendimentos em hospitais é decorrência de traumas no trânsito”, comenta.

Na Santa Casa da Capital, as entradas no pronto-socorro de vítimas de acidentes caíram 15,8% nos primeiros 20 dias de abril, se comparadas com igual período do ano passado.

Conforme a assessoria de imprensa da casa de saúde, 281 pacientes de traumas no trânsito foram atendidos neste mês, contra 334 entre 1º e 20 de abril de 2019.

Comparativo - Nas duas semanas em que as medidas restritivas foram mais duras na Capital, com comércio fechado, ônibus reduzidos e dias com toque de recolher a partir das 20h - entre o fim de março e o começo de abril -, a média de acidentes por dia foi a 11. O maior pico ocorreu em uma quinta-feira de abril (2), com 18 acidentes.

Da retomada gradual das atividades econômicas e sociais, a partir da segunda semana de abril, até esta segunda-feira (27), a média de acidentes já sobe para 15. No período, picos de 21 ocorrências foram detectados quatro vezes.

Os dados também desenham a importância do toque de recolher durante a pandemia. Sem nada liberado de 0h às 5h, menos pessoas se envolvem em acidentes e assim os serviços de pronto atendimento médico esvaziam.

Frota - Segundo o Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito), a Capital tem 597 mil veículos, do quais 308 mil são automóveis e 133 mil, motocicletas.

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