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Capital

Com jogo de cintura, mães são acompanhadas por filhos durante qualificação

Sem ter com quem deixar as crianças, foi necessários que eles também “participassem” do curso

Por Geniffer Valeriano | 23/05/2024 17:15
Com apenas 4 meses, Ester acompanhou a mãe durante os 40 dias de curso (Foto: Osmar Veiga)
Com apenas 4 meses, Ester acompanhou a mãe durante os 40 dias de curso (Foto: Osmar Veiga)

Mães precisaram de jogo de cintura para conseguirem vencer dificuldades e se formarem, relata mulheres que participaram do programa Mulheres Mil. Nesta quinta-feira (23) as alunas se emocionaram ao receberem o certificado de conclusão do curso de Assistente Administrativo.

Quando iniciou a jornada para a qualificação, Ana Sofia Oliveira, de 26 anos, havia dado à luz a sua filha há 20 dias. Apesar do medo de ir para a sala de aula com a recém nascida, a recepcionista decidiu não desistir do curso.

“Foi bem difícil, eu tive que trazer ela para a sala. É muito bom estar se formando, é maravilhoso, porque é mais uma conquista. Essa é uma nova experiência que vai agregar a minha vida, porque não é fácil ser mãe”, disse.

Ana ainda relembra que além da Ester, que agora está com 4 meses de vida, a sala contava com a presença de mais um bebê. Durante as aulas os cuidados com os recém nascidos eram divididos com as colegas de turma, que auxiliavam as mães.

Adenilda junto da filha que esteve com ela durante a realização do curso (Foto: Geniffer Valeriano)
Adenilda junto da filha que esteve com ela durante a realização do curso (Foto: Geniffer Valeriano)

Com filhos de 10 e 8 anos e ser ter alguém para cuidá-los, Aldenilda Martins, de 30 anos, também contou com a presença dos filhos enquanto buscava uma nova qualificação. Porém, enquanto a mãe estudava, as crianças ficavam aos cuidados dos recreadores presentes no Cras Vila Nova.

“Pra gente que é mãe é mais difícil. No meio do curso o meu filho ficou doente e pegou uma pneumonia, quando ele sarou a minha outra filha também pegou, precisei faltar duas semanas para cuidar deles”, conta a artesã.

Apesar da pausa por conta dos problemas de saúde, Adenilda persistiu na formação e celebrou hoje o encerramento do curso. “Foi difícil, mas chegando hoje trouxe muita alegria porque o curso foi muito bom”.

Suellen durante a formatura do curso (Foto: Osmar Veiga)
Suellen durante a formatura do curso (Foto: Osmar Veiga)

Com a intenção de abrir uma empresa, Suellen Camila de Souza, de 27 anos, relata ter lidado com a dor de ficar longe dos filhos. “Em casa todo mundo participou desse processo, foi difícil vir todos os dias por causa das crianças, dava aquela dorzinha de deixar elas”.

Mulheres Mil - O curso foi realizado três vezes na semana, com direito a lanches e recreadores para as crianças que iam por não terem onde ficar enquanto a mãe estuda. Oferecido pelo MEC, o Programa tem o objetivo de elevar a escolaridade e promover a inclusão socioprodutiva de mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Em Campo Grande, foram os professores da Funsat (Fundação Social do Trabalho) que estão empenhados em realizar as aulas e garantir a especialização das atendidas. Segundo o diretor-presidente da Fundação, João Henrique Bezerra, uma nova turma está prestes a se formar, no Jardim Noroeste.

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