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Capital

Com procedimentos mais rápidos e modernos, começam cirurgias eletivas

Fernanda Mathias e Leonardo Rocha | 03/06/2016 10:03
Cirurgias à laser proporcionam recuperação rápida (Foto: Fernando Antunes)
Cirurgias à laser proporcionam recuperação rápida (Foto: Fernando Antunes)

Começaram nesta sexta-feira, 03, as cirurgias eletivas da Caravana da Saúde na microrregião de Campo Grande e o primeiro hospital que irá realizar 990 procedimentos é o São Julião, na saída para Cuiabá. Dentre as cirurgias, haverá vasculares, da tireóide, hérnias e vesícula.

Hoje serão 50 cirurgias de varizes, todas a laser, procedimento que dispensa centros cirúrgicos e leva entre 15 a 20 minutos. Ao longo de quatro meses serão 330 cirurgias de varizes.
O secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares, ressaltou que o mesmo método será usado para a cirurgia de vesícula. “Um procedimento muito mais rápido que a cirurgia aberta, usada no SUS (Sistema Único de Saúde)”.

Na terça-feira (31) também começaram as cirurgias eletivas em São Gabriel do Oeste e em Sidrolândia. Em Campo Grande também haverá cirurgias no Hospital do Pênfigo, Maternidade Cândido Mariano, com mil procedimentos ginecológicos; também começam na próxima semana cirurgias na Santa Casa e Hospital Regional e o governo negocia também estender os procedimentos ao Hospital Universitário.

Para não atrapalhar os atendimentos de urgência, as cirurgias serão feitas em períodos em que estas demandas são menores. O secretário reclamou que na Capital os acordos com hospitais tem sido mais difícil que no interior. Ele explica que a Prefeitura tem questionado os hospitais por “darem prioridade” às ações da Caravana da Saúde.

Ao todo, nesta edição serão 4.130 cirurgias, sem contar com os milhares de cirurgias de catarata. O cirurgião vascular Edgar Nasser diz que as cirurgias fora de ambiente cirúrgico já usada em 90% dos casos nos Estados Unidos, reduzindo custos e tempo, o que permite maior volume de atendimentos. O médico ressalta que hoje, por meio do CEM (Centro de Especialidades Médicas), são apenas 6 procedimentos por semana, enquanto na Caravana serão 50 diários.

Tavares destacou que essa é justamente “dar mais praticidade, atender mais gente e com modelos modernos”. O diretor administrativo do Hospital São Julião, Amilton Fernandes, explicou que os pacientes que fizeram cirurgias de catarata e necessitarão de pós-operatório serão encaminhados para continuidade de tratamento no hospital.

A comerciante Eunice Pereira Ferreira, 52 anos, ficou surpresa com a rapidez da cirurgia, que demorou de 15 a 20 minutos e por sair andando do procedimento. Ela diz que estava com uma ferida que causava incômodo há um ano pouco após a cirurgia já se sente melhor e sem dor.
Na fila, Alcino Nunes, 60 anos, disse que há mais de um ano sofre com as varizes. Trabalhador da construção civil, ele diz que o problema inclusive atrapalha o rendimento. “Fiquei muito feliz, principalmente por não precisar ficar internado em recuperação”.

O aposentado Benedito Jonas, 66 anos, tem varizes nas duas pernas e hoje iria operar uma delas. As dores são tantas, conta, que chegou a usar cadeira de rodas. O tratamento já dura cinco anos, mas a recomendação cirúrgica veio há um. “Agora as dores vão parar”, comemora Benedito, que estava acompanhado da família.

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