Com salva de tiros e bandeira do Flamengo, major morto em acidente é sepultado
O major morreu depois de perder o controle da direção da caminhonete que dirigia e capotar na MS-080, próximo a Rochedo
Sob salva de tiros, o major da Polícia Militar André Irala Moreira, foi enterrado no final da manhã desta sexta (16), no Cemitério Santo Amaro, em Campo Grande. O major morreu depois de perder o controle da direção da caminhonete que dirigia e capotar na MS-080, próximo a Rochedo, na tarde de ontem.
Apaixonado pelo Flamengo, o major deixa seis filhos, mãe, familiares, amigos e muitas saudades. Com a vida dedicada à Polícia Militar, Irala serviu por 12 anos em Rochedo, onde foi comandante do Batalhão.
"Era um cara adorável, carismático, simpático, uma pessoa que agregava amizades e apaixonado pelo Flamengo", fala o primo, também da Polícia Militar, o tenente-coronel Mário Ângelo Ajala.
A paixão era tamanha que as três filhas carregam no nome o Flamengo. "Em homenagem, ele colocou os nomes de Rebeca Menga, Rubia e Rubra Negra", enumera o primo. "E todas são flamenguistas", completa.
Prestativo, o relato dos amigos e familiares é de uma pessoa que não se alterava nem brigava. "Soube da notícia por um colega da corporação e foi muito difícil, fiquei em prantos. A ausência dele vai deixar saudades, mas não tristeza. Vamos lembrar só das coisas boas que ele fez, porque ele era um cara bom", resume o tenente-coronel.
Também prima do major, Isabel Cristina Ajala, de 52 anos, conta que há nove meses, o irmão do major faleceu por insuficiência renal. "Em menos de um ano, a mãe perdeu dois filhos", lamenta Isabel. "Fomos criados como irmãos, recebemos a notícia pela mídia e foi desesperador", completa.
A mãe do major foi amparada pelos familiares durante o sepultamento e repetia que ele era "tudo para ela".
Capitão da Polícia Militar, José Martins, de 59 anos, fala que era amigo de farda e "da vida" do major. "Ele sempre tinha uma piada de bom humor, nunca o vi exaltar a voz. Com três décadas como amigos, desconheço alguma inimizade dele. Ele frequentava a minha casa, era um profissional 100% dedicado, prestativo e que se preocupava com os amigos".
Em nome da Polícia Militar, foi feita uma salva de tiros e também uma salva de palmas. Colegas lamentaram a morte e falaram do servidor exemplar que o major foi. Uma das filhas também falou e agradeceu a presença de todos. "Meu pai ficaria muito feliz vendo todos vocês prestigiando ele".
