Com sinalização apagada, trânsito no Panamá preocupa moradores e causa acidentes
Deputado protocolou na Assembleia Legislativa a solicitação de pintura de todos os cruzamentos do bairro
Problemas causados pela pintura desgastada nos cruzamentos do Portal do Panamá chegaram até a Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) na última semana. Moradores pedem que seja refeita a sinalização em todos os cruzamentos do bairro, principalmente os próximos às escolas da região.
RESUMO
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Moradores do Portal do Panamá, em Campo Grande, reclamam da pintura desgastada nos cruzamentos do bairro, principalmente próximos às escolas. O problema, que causa transtornos no trânsito e aumenta o risco de acidentes, foi levado à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. A falta de sinalização, o fluxo intenso de veículos e a ausência de fiscalização preocupam a comunidade. A Escola Municipal Irmã Irma Zorzi precisou mudar o portão de entrada e saída dos alunos devido aos perigos da Rua Guaianás. Moradores e comerciantes relatam acidentes, motoristas em alta velocidade e a necessidade de melhorias urgentes na sinalização. A prefeitura foi contatada, mas não se manifestou até o momento.
O Campo Grande News esteve no local, nesta segunda-feira (15), para verificar junto à população os transtornos enfrentados no trânsito. Segundo relatos, no encontro dos bairros Portal do Panamá, Sílvia Regina e Residencial Ana Maria do Couto, o movimento é intenso e poucos motoristas respeitam a sinalização quase apagada.
Há 23 anos trabalhando no Sílvia Regina, o motorista Floriano Abadine, de 69 anos, contou que há uma década se envolveu em um acidente grave na Avenida Júlio de Castilho, via que divide dois dos bairros. “O motociclista estava em alta velocidade e seguia em direção à Escola Municipal Irmã Irma Zorzi. Em muitos pontos nem existe mais sinalização”, afirma.
Na frente dessa escola, localizada na Vila Sílvia Regina, apenas placas verticais ainda são visíveis. As palavras “Pare” e “Devagar”, pintadas no asfalto, perderam trechos das letras com o desgaste do tempo. Além da sinalização precária, moradores reclamam do alto fluxo de veículos e da falta de fiscalização.
O problema é tão grave que a Escola Municipal Irmã Irma Zorzi precisou mudar o portão de entrada e saída dos alunos. Antes na Rua Guaianás, desde o retorno das aulas presenciais após a pandemia de covid-19, o acesso foi transferido para a Rua Tordesilhas.
Funcionários afirmam que já foram abertos diversos protocolos na Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) pedindo que a Guaianás seja transformada em via de mão única. “Os pais deixam os filhos e ficam esperando para buscar. Aumentaria muito a segurança se houvesse melhorias na sinalização”, disse uma funcionária que preferiu não se identificar.
Valmir de Souza da Rocha, 47 anos, motorista de uma distribuidora de frios, chegou a Campo Grande nesta segunda-feira (15) para trabalhar na Rua Tordesilhas. Ele presenciou a movimentação no horário de entrada dos alunos. “É caótico. Muitos motoristas entram na contramão, os pais param errado para deixar os filhos. Aqui não tem sinalização", afirmou.
Morador há 45 anos do Portal do Panamá, Valério Lima, 74 anos, dono de uma loja de baterias na Avenida Júlio de Castilho, conta que pediu a instalação de lombadas ao um vereador. “Colocaram uma perto da escola, mas não na avenida. Quando o sinal abre, o motorista passa voando aqui na frente. Já vi muitos acidentes”, reclamou o empresário.
O comerciante também critica o fato de muitos motoristas invadirem a contramão na Rua Tordesilhas por causa da falta de pintura nas faixas. “Às vezes levo minha neta para a escola e tenho que redobrar o cuidado porque não tem faixa para atravessar”, completa.
A situação afeta também quem busca as crianças na escola. A jovem Geovana Lemes, 22 anos, tia de duas alunas de 8 e 9 anos, vai de bicicleta duas vezes por semana. “Aqui é bem ruim de passar, tem muito carro estacionado na hora do almoço. Esses dias, um carro quase me pegou. Você precisa cuidar dos dois lados”, relata.
Durante a visita da reportagem, não houve formação de fila dupla na saída dos alunos, mas foi possível observar carros parados com os pneus sobre a faixa elevada. Na calçada, quebrada em vários pontos próximos ao muro da escola, pais e responsáveis caminhavam pelo canteiro da rua para buscar as crianças.
O Campo Grande News tentou contato com a Prefeitura para averiguar se a solicitação feita no plenário da Alems no dia 10 deste mês será atendida, mas não obteve retorno até a publicação do material. O espaço segue aberto para manifestações futuras.
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