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Capital

Com "tudo molhado", famílias de assentamentos não têm para onde ir

Foram mais de 3 horas de chuva forte na região, segundo os moradores. Muitos moradores perderam roupas, camas e móveis

Marcos Rivany e Ana Paula Chuva | 15/10/2020 18:28

Chuva que cai em Campo Grande, nesta quinta-feira (15), é pra muitos alegria, pra outros uma grande dor de cabeça. Famílias do assentamento Aguadinha, na região do Bairro Noroeste, em Campo Grande, tiveram suas casas inundadas pela água. Os moradores desse assentamento vivem no local há 5 meses quando foram removidos da Favela do Linhão, no mesmo bairro, para lotes disponibilizados pela prefeitura.

Com moradias simples, vários moradores foram pegos de surpresa pela grande quantidade de chuva que vinha “de cima e de baixo”, como afirmou Fabiana Cristina de Souza, 36 anos, à reportagem. Ela tem um filho de 2 anos e vai terá de procurar abrigo na casa do irmão, já que “tudo ficou molhado”.

Com "tudo molhado", famílias de assentamentos não têm para onde ir
Móveis e eletrodomésticos são colocados pra fora de barracos alagados, no assentamento Aguadinha. (Foto: Paulo Francis)

“Eu e o bebê estávamos na hora, peguei ele no colo e fiquei sentada na varanda. [A água] começou a entrar pelo banheiro e não deu tempo de levantar nada”, afirma.

Em um vídeo gravado pela própria Fabiana e encaminhado ao Direto das Ruas, dá para ver o chão coberto pela água da enxurrada vinda da rua. Vários objetos da casa boiando e móveis encharcados. (veja o vídeo acima)

Foram mais de 3 horas de chuva forte na região, segundo os moradores. Na rua onde Irene Gutierrez mora, foi preciso cavar para escoar a água e assim diminuir o fluxo da correnteza chegando nas casas. Pelo menos 4 pessoas cavaram durante cerca de 40 minutos.

Com "tudo molhado", famílias de assentamentos não têm para onde ir
Moradores se únem para abrir vala e escoar água que invadiu casas. (Foto: Paulo Francis)

Sozinha com a mãe de 66 anos em casa, Adria Aparecida Santos, de 48 anos, se assustou com a enxurrada. “A fossa estourou e a água alagou a casa. Ficamos com medo e corremos. Os fios de energia ficaram jogados pela casa”, complementa.

Muitas famílias perderam roupas, cama e móveis. A casa de Cleide Rodrigues Pereira, 41 anos, também ficou alagada e essa é a segunda vez. Ela precisou de ajuda de vizinhos quando “a água invadiu tudo”.

Com "tudo molhado", famílias de assentamentos não têm para onde ir
Rua alagada na região do bairro Noroeste. (Foto: Paulo Francis)

Foi disponibilizado um contato para ajudar as família do Assentamento Aguadinha: (67) 99261-2696 - Daiane Pereira de Proença.

Favela do Mandela - Em outra parte da cidade, moradores da conhecida Favela do Mandela, na região Norte da Capital, também tiveram barracos invadidos pela água desta quinta-feira. Veja o vídeo:

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