Como André, morador também diz que chora ao ver cidade abandonada

Desde que o prefeito Alcides Bernal (PP) assumiu a administração da Capital, segundo o governador André Puccinelli (PMDB), a cidade está tomada por lixo, buracos e mato. Ele contou que "chega a chorar" de tristeza pela situação de abandono. Moradores dos mais diversos bairros, em entrevista ao Campo Grande News, concordaram com o governador e afirmaram que ficam tristes com a situação de abandono da Capital.
Diversas ruas e terrenos baldios de Campo Grande estão tomados pelo matagal, que trazem insegurança para a população. Além disso, pilhas de lixo, entulhos, galhos de árvores e móveis velhos causam transtornos. Eles também reclamam da falta e da má conservação do asfalto da cidade.
“Com certeza as pessoas choram junto, está uma lástima a cidade”, afirmou o mestre de obras Dilson da Silva Lopes, 52 anos. Ele mora há mais de 40 anos no bairro Belo Horizonte e disse que as pessoas já se acostumaram com a quantidade de lixo que existe na rua São Sebastião, que passa em frente a sua casa.
Dilson relatou que em dezembro limparam o lixo do bairro, mas após três dias as pessoas voltaram a jogar. “Passou o natal eles começaram de novo. Eu acho isso um ultraje com os moradores, ninguém respeita”, comentou.
Em frente à casa da técnica de enfermagem Estefanny da Silva Fonseca, 21, a situação de lixo é a mesma. Havia um terreno no local, onde teria formado um lixão, então o dono resolveu murá-lo, o que não coibiu as pessoas de jogarem lixo. “Agora as pessoas jogam aqui na calçada mesmo, eles vão empilhando tudo”, relatou.

Na maioria dos bairros o lixo está sempre ligado a um terreno com mato alto. “Aqui é um matagal enorme, eu acho que tem de 20 a 30 hectares só de mato. Todos choram sim, quando veem a situação”, afirmou o aposentado Francisco César Moura, 76, que mora no Jardim Ima.
E com o mato alto, vem a insegurança. “Tem um terreno abandonado, com mato alto em frente a minha casa e percebo que muitas pessoas se escondem ali. Aqui na rua já fiquei sabendo de dois sequestros relâmpagos”, disse a advogada Paula Tatiane Menezzi, 28. Ela contou que precisa dar cerca de cinco voltas em sua casa, até perceber que não há ninguém no terreno.
“Eu acho que o campo-grandense chora sim, principalmente pela falta de segurança, pois está super perigosa a cidade”, contou Estefanny.
No Bairro Taveirópolis, os moradores disseram que chorariam por conta da situação do asfalto no bairro. “A rua aqui é cheia de remendos, todo desnivelado, falta melhorar os projetos de urbanização da região”, comentou o estudante Antoniel José da Silva, 25. “Eu acho que além de chorar o Governador poderia trabalhar em prol da cidade e arrumar o que o está entristecendo”, completou.
A falta de asfalto também foi reclamação dos moradores da região do Conjunto União. “Aqui está ruim, a prefeitura colocou cascalho nas ruas, mas a chuva levou tudo embora”, criticou o estudante Victor Gazula Valentim, 19.
Por conta de um “lago” no meio da rua Anaurelina Pereira de Moraes, também no União, o mecânico Telso Sebastião de Oliveira, 43, criticou a administração da cidade com uma placa escrito “proibido caça e pesca”. “A gente chora sim. Muitos carros atolam aqui, mas ainda existem ruas piores aqui no bairro”.
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