ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Contra enxurrada, escritório constrói mureta na calçada e revolta pedestres

Luciana Brazil e Mariana Lopes | 05/03/2013 12:32
Mureta é a única solução para evitar que a água da chuva invada o escritório. (Fotos:Simão Nogueira)
Mureta é a única solução para evitar que a água da chuva invada o escritório. (Fotos:Simão Nogueira)
A copeira mostra indignada o abandono do terreno baldio ao lado.
A copeira mostra indignada o abandono do terreno baldio ao lado.

Uma mureta foi construída no meio da calçada na rua Antonio Arantes, no bairro Chácara Cachoeira e acabou com espaço de pedestres. O obstáculo, segundo o responsável, é para evitar que a água da chuva invada um escritório. A solução, criticada por muitos, foi a única encontrada pelos donos de uma Corretora de Imóveis que sofriam constantemente com a enxurrada.

“Quando chove alaga tudo por aqui. Mesmo com a mureta, o escritório fica prejudicado porque fica um monte de lixo parado, lixo que desce com a enxurrada. A água da chuva já invadiu o escritório duas vezes”, contou a copeira da corretora, Maria Lima, 53 anos.

Ao lado, um terreno baldio também dificulta o acesso porque não tem calçada, o mato tomou conta. Lixo e entulho estão acumulados no terreno. Segundo a copeira do escritório, uma árvore no fundo também atinge os fios da rede elétrica da corretora.

Ao lado de obstáculo, terreno baldio  dificulta acesso. Calçada praticamente não existe.
Ao lado de obstáculo, terreno baldio dificulta acesso. Calçada praticamente não existe.

Para quem passa a pé, os cuidados para não cair na calçada do terreno baldio são redobrados. A operadora de caixa Heloisa Maria da Silva, 20 anos, lembra a questão da acessibilidade e diz que a situação é precária no local.

Ela conta que não tem carro e precisa se deslocar a pé pela cidade. “Não existe acessibilidade aqui. Em alguns pontos dessa região tem o piso tátil, mas esse trecho está abandonado, além da mureta”.

A comerciante Maria Aparecida Corrêa de Oliveira Moraes, 48 anos, estacionou o veículo hoje cedo ao lado da calçada coberta com mato. Ela teve dificuldade ao passar pelo lugar e disse que a situação se arrasta por falta de “olhar do poder público”.Maria ainda reclamou da mureta e ressaltou que alguém com deficiência não consegue passar pelo local. 

A copeira defende a atitude dos patrões e diz que “as pessoas reclamam, mas foi a única forma de combater a enxurrada”.

Nos siga no Google Notícias