Cooperativas esperam reciclar 31,4 mil quilos por semana até o fim do ano
Termina nesta sexta-feira (29) o seminário do projeto Cataforte que reúne mais de 140 catadores de três cooperativas especializadas na reciclagem de materiais da Capital. O projeto que está na segunda fase deve começar as operações até o fim desse ano.
O Cataforte já existe em outras cidades e começou a ser implantado na Capital em fevereiro do ano passado quando havia a decisão de fechamento do antigo lixão. Sem fins lucrativos, a iniciativa tem apoio do Ministério do Trabalhos, instituições bancárias, Petrobas e BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento).
A expectativa é que sejam investidos cerca de R$ 200 milhões em todo o projeto. Nesta sexta-feira, os cooperados se reuniram com a coordenação da ação na seda da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) para definir os últimos detalhes da operação das cooperativas.
Segundo a assessora de formação, Eclair Silva, os cooperados definem quais equipamentos serão necessários, quais serão os pontos de coleta de cada cooperativa e outros detalhes operacionais.
Até o fim do ano, dois caminhões que serão cedidos para as cooperativas devem chegar em Campo Grande. Com os caminhões próprios, os materiais serão levados para a Coopernova, Coopermaras e Cata MS.
“A expectativa é que a gente consiga recolher 31,4 mil quilos de materiais recicláveis por semana em todos os pontos de coleta”, explica Eclair.
Com as definições das cooperativas, o objetivo maior é aumentar a renda dos cooperados. No início do ano, eles chegaram a ganhar cerca de R$ 800, mas atualmente a renda gira em torno de R$ 400.
Para Maria Aparecida de 40 anos, o sonho é que os projetos saiam do papel e sejam colocados em prática para que a renda melhore. “Hoje eu tiro R$ 370 por mês e ainda tenho que catar latinhas para ajudar na renda. As propostas do projeto são muitos boas e esperamos que tudo dê certo”, explica a catadora.
Além de organizar a estrutura e os procedimentos das cooperativas, os representantes do Cataforte avaliam que os resultados na Capital poderiam ser melhores se a coleta seletiva fosse melhor aplicada.
“Hoje a coleta seletiva representa 3% e precisa de um apoio do poder público para que o percentual aumente. Também esperamos que com a aquisição dos nossos veículos esse número aumente”, completa Eclair.