Coqueiro derrubado com ninho de periquito estava podre, diz bióloga
Derrubada foi descoberta por leitor que entrou em contato com o Campo Grande News
Os coqueiros cortados na avenida Afonso Pena estavam podres e a derrubada pode ter sido feita para evitar quedas com acidentes na Capital.
A hipótese foi levantada pela coordenadora do projeto Arara Azul, Neiva Maria Robaldo Guedes durante vistoria nesta manhã ao ninho de periquito, que acabou destruído durante o corte das árvores.
De acordo com a bióloga, o ninho que era habitado pelos periquitos foi de araras em 2011, o que a preocupou quando recebeu a notícia de que filhotes de aves haviam morrido na derrubada.
“Verificamos que as árvores estavam podres e que os filhotes pertencem a uma espécie de periquito. Já o ninho com o qual estávamos preocupamos, que fica próximo a um local de eventos está intacto e ainda é o lar de duas araras filhotes, que tem 79 dias”, esclarece Neiva.
Ainda segundo a coordenadora, são monitorados 148 ninhos em Campo Grande. Deles em 58 foram encontrados 173 ovos que geraram 104 araras.
Denúncia - A denúncia chegou ao Campo Grande News nesta terça-feira (7). Todos os dias assistente administrativo Edison de Oliveira, de 33 anos, pega ônibus em um dos pontos da avenida e desde ontem percebeu os coqueiros derrubados, mas foi nesta manhã que ele realmente viu que a situação era mais grave.
“Eu sempre ficava admirando as araras e desde ontem eu reparei que os coqueiros haviam caído, mas por conta da chuva imaginei que fosse com o vento. Mas hoje vindo trabalhar novamente notei que os coqueiros da avenida toda estavam derrubados, então fui olhar de perto e vi os ovos quebrados e um filhote morto”, contou Edison, que acreditava que os filhotes eram de arara.
O leitor disse estar indignado. “Eles nem avaliaram antes de fazer o corte. Pedem tanto a preservação dos bichos e tomam uma atitude dessa?”, afirmou Edison.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Campo Grande para saber quem autorizou o corte dos coqueiros, mas até o fechamento da reportagem não obteve resposta.