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Capital

Cozinheira tem quarto incendiado um dia após perder o irmão em acidente

“Enterrei meu irmão ontem e hoje acontece isso”, disse enquanto chorava

Clayton Neves e Bruna Marques | 17/02/2021 10:56
"Quartinho da bagunça" ficou destruído após curto circuito dar início a incêndio. (Foto: Paulo Francis)
"Quartinho da bagunça" ficou destruído após curto circuito dar início a incêndio. (Foto: Paulo Francis)

Um dia depois de perder o irmão em acidente na MS-040, em Campo Grande, a cozinheira Fátima Gonçalves, de 43 anos, teve um cômodo da casa atingido por incêndio na manhã desta quarta-feira (17).

Corpo de Bombeiros usaram 3 mil litros de água para controlar as chamas. (Foto: Paulo Francis)
Corpo de Bombeiros usaram 3 mil litros de água para controlar as chamas. (Foto: Paulo Francis)

“Enterrei meu irmão ontem e hoje acontece isso”, disse enquanto chorava. Segundo a moradora, a edícula no fundo da casa onde mora, no Bairro São Conrado, era usada como “quartinho da bagunça”. “Guardava tanta coisa que nem sei ao certo o que tinha”, pontua.

Vítima de acidente entre dois caminhões na manhã de ontem (16), o irmão de Fátima morreu aos 55 anos. Ele estava em um caminhão caçamba da empresa quando um dos pneus dianteiros do veículo estourou. O motorista perdeu o controle da direção e invadiu pista contrária, onde estava outro caminhão.

A suspeita é de que o incêndio na casa da cozinheira tenha começado após um curto circuito. Para controlar as chamas, o Corpo de Bombeiros usou três mil litros de água.

“Ouvi uns estalos e achei que alguém estava jogando pedra. Quando saí para ver, era fogo”, conta o aposentado Barnabé Escobar, de 70 anos. Para ajudar até a chegada dos bombeiros, o idoso usou uma mangueira e uma escada para tentar controlar as chamas.

Outra vizinha, a servidora pública Márcia Andrade, ligou para o resgate e avisou vizinhos para redobrarem a atenção. “Senti cheiro de fumaça e pensei que fosse alguém colocando fogo em lixo”, lembra.

Por causa do incêndio, a estrutura do cômodo ficou comprometida e os militares tiveram de demolir a peça.

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