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Capital

Criminalidade preocupa moradores do Maria Aparecida Pedrossian

Renan Nucci | 29/07/2014 12:48
Violência no bairro preocupa moradores. (Foto: Marcos Ermínio)
Violência no bairro preocupa moradores. (Foto: Marcos Ermínio)
Gôndola de sucos baleada durante assalto no bairro Maria Aparecida Pedrossian. (Foto: Marcos Ermínio)
Gôndola de sucos baleada durante assalto no bairro Maria Aparecida Pedrossian. (Foto: Marcos Ermínio)

A onda de assaltos no bairro Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande, preocupa os moradores. A violência assusta, pois em casos recentes comerciantes foram baleados, mesmo não tendo reagido à ação dos bandidos. A sensação de insegurança interfere na rotina de quem vive na região, principalmente das vítimas, como a família do comerciante Agnaldo Insauralde, 47 anos.

Ele foi alvejado durante roubo no final da tarde de sexta-feira (25), passou por cirurgia e se recupera dos ferimentos. O fato ocorreu no mercado o qual ele é proprietário. Desde então, a família se viu obrigada a contratar um segurança particular para o estabelecimento que agora fecha duas horas mais cedo.

A esposa de Agnaldo, Jussara Gomes Ribeiro, 43 anos, relata os momentos de pânico que viveu ao lado do marido e do filho Werik Insauralde, 24 anos. Ela conta que estava no caixa, quando dois homens de aparência jovem se aproximaram de moto. O carona, armado, desceu e correu para dentro do comércio, anunciando o assalto.

O indíviduo a obrigou a abrir o caixa e pegou certa quantia em dinheiro, mandando todos se abaixarem. Aparentemente alterado, o ladrão efetuou um disparo contra uma gôndola de sucos e em seguida atirou contra Werick, mas errou o alvo e o projétil acertou a parede. "Parecia que estava drogado", disse Werik. Antes de fugir, o homem disparou contra Agnaldo que estava no chão, de costas.

“Perguntei se ele (Agnaldo) tinha se ferido, e ele disse que havia sido aintigido nas costas”, explicou Jussara que ainda conteve o filho que tentou perseguir o assaltante. A dupla armada fugiu. O comerciante foi socorrido e levado para a Santa Casa, onde foi operado. “Meu pai poderia ter morrido, ficado em uma cadeira de rodas. Ele escapou por pouco”, disse Werick.

Durante entrevista coletiva concedidade na manhã de ontem (28), o delegado Fábio Peró, da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), ressaltou que assaltantes geralmente costumam agir com violência em duas situações, ou quando as vítimas reagem, ou quando está sob efeito de entorpecentes.

Outro caso - Praticamente uma semana antes, Luiz Bezerra da Silva, 74 anos, dono de uma lanchonete na região, foi baleado em situação semelhante. Dois bandidos encapuzados chegaram a pé e invadiram a lanchonete da vítima, que fica em um trailer na Rua Marina do Couto Fortes. Armados, eles anunciaram o assalto e obrigaram Bezerra a se deitar e a entregar a carteira com documentos e dinheiro.

Com um revólver apontado para a cabeça, o comerciante não resistiu e atendeu às ordens, porém, mesmo assim foi baleado na perna direita. O funcionário que o ajudava foi agredido com socos. O comerciante foi socorrido pelo filho e levado para uma unidade de saúde, onde foi submetido a uma cirgurgia. Apesar do susto, não corre risco de morte.

Segundo a moradora Maria Aparecida Conde Alves, 55 anos, boa parte dos comércios do bairro já foi alvo de ladrões. Ela explica que não é difícil encontrar alguém que já tenha sido roubado por lá. Diante deste cenário, evita sair à noite. “A situação está preocupante. A violência é tanta que a gente fica com medo de sair de casa de noite. Isso precisa mudar logo. É preciso que a polícia e as outras autoridades olhem para nosso bairro”, reclamou.

Conforme divulgado pelo Campo Grande News nesta manhã, de 1° janeiro a 29 de julho deste ano, segundo dados obtidos junto à Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), foram registrados 2.689 roubos na Capital, envolvendo todos os tipos, sendo que no mesmo período do ano passado houve 1.820, o que representa aumento de 47,7%.

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