ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 23º

Capital

CRM pune com suspensão atual superintendente municipal de Saúde

Edivaldo Bitencourt e Renan Nucci | 10/10/2014 15:18

O CRM/MS (Conselho Regional de Mato Grosso do Sul) suspendeu, por 30 dias, o médico Virgílio Gonçalves de Souza Júnior, atual superintendente da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande). Ele deverá ficar afastado das atividades profissionais o dia 13 deste mês até o dia 11 de novembro deste ano, conforme edital publicado nesta sexta-feira nos jornais.

Conforme o órgão, o médico violou o artigo 29 do Código de Ética Médica – Resolução CFM (Conselho Federal de Medicina) nº 1246/88 - fatos estes também previstos no artigo 1º do atual CEM (Conselho Estadual de Medicina/Resolução CFM nº 1931/2009).

O Código prevê que “comete delito ético o médico que, quando em atividade assistencial, assume conduta que não encontra respaldo na literatura técnico profissional, mesmo que não contribua para o óbito do paciente”.
Segundo a assessoria de imprensa do CRM/MS, a pena aplicada a Virgílio é a segunda maior que um médico pode receber, ficando atrás apenas da cassação do direito de exercício da profissão.

Virgílio reagiu com indignação à condenação do CRM/MS. Ele a classificou com o arbitrária e de ter sido aplicada durante a fase de recurso. “Sou médico concurso há 22 anos e nunca tive nenhum processo”, destacou.

Ele anunciou que acionou seus advogados para tomarem as providências contra o Conselho Regional de Medicina, porque não respeitou todos os trâmites burocráticos. Ele destaca que sua defesa não foi respeitada.

Virgílio explicou que o caso se refere a uma criança, que foi atendida no Hospital El kadri, quando ele era chefe do serviço, e tinha uma síndrome rara. Ele destacou que a criança foi mantida viva no CTI (Centro de Terapia Intensiva) até a transferência ser realizada para o Hospital Regional Rosa Pedrossian, onde a menina foi a óbito.

O superintendente frisou que 17 médicos participaram dos esforços para salvar a criança na época. “Foi muito esforço”, frisou. Ele disse que a família ficou inconformada e ingressou com ação. No entanto, ele garantiu que obteve duas vitórias e só foi condenada na terceira, mas a decisão ainda cabia recurso.

Apesar da condenação pública, Virgílio ressaltou que a penalidade não compromete o seu trabalho na Secretaria Municipal de Saúde.

Nos siga no Google Notícias